quinta-feira, 7 de outubro de 2010

JESUS NÃO O ABANDONOU

Certamente ele era pobre, sem condições de proporcionar qualquer tipo de "vantagens" aos gananciosos da "Teologia da Prosperidade", ou da comodidade. Por isso, dizia: "Não tenho ninguém". Apesar disso, não perdera a esperança. Não tem sido diferente a religiosidade da maioria de nossa gente. A religião do lucro fácil, que funciona conforme os padrões mundanos. Só tem sentido para esse tipo de seita a fé que produz vantagens e resultados imediatos, palpáveis, espetaculares e retumbantes.

Para estes a verdadeira religião de Jesus não faz sentido, não agrada. Porque esta se apóia na humildade, na renúncia, na caminhada da segunda milha, no arrependimento sincero. É ficar ao lado daquele que foi rejeitado, preterido e humilhado numa cruz sangrenta e asquerosa; sem fogos de artifícios, sem show musical, sem festas extravagantes, sem o estardalhaço de se lançar do pináculo do templo para causar comoção e admiração popular.
O grande alvo da maioria das pessoas é a felicidade, a alegria, ou a prosperidade financeira a qualquer preço.

O mundo todo almeja alcançar a felicidade. E por ela se esforçam, se matam. No Sermão do Monte, Jesus diz que, se alguém quer ser, realmente, feliz, há de começar por este princípio não muito fácil de assimilar: humildade. Estas são as características principais do salvo. De certa forma, é uma das maneiras que se evidenciam o fruto do Espírito, relatado em Gl 5.22-25. É como Jesus procura retratar os Seus verdadeiros discípulos. Se você está amargando esse sentimento de abandono, pela família, amigos, saúde pública, e até mesmo pelos companheiros e irmãos de sua igreja; não continue alimentando mágoas em seu coração. Não diga, "não tenho ninguém". Fale ao seu próprio coração: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fl 4.13). Jesus não o abandonou, e só Ele pode fortalecer o seu ânimo.

Você que tem sido vítima do abandono do mundo, creia, Jesus Cristo pode ajudar-lhe convenientemente; porque Ele sabe o que é a vergonha e a humilhação do abandono, pois Ele a sentiu da forma mais profunda ali na Cruz, quando exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46 b). Naquele momento cruciante, Jesus se identificou totalmente com todos os parias e desgraçados abandonados deste mundo. Ele se fez um com todos os rejeitados de todos os tempos e lugares. Foi o momento quando o Deus-Homem se fez completamente HOMEM. HOMEM-DEUS, na mais humilhante e triste condição humana: abandonado por Deus.

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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