“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10a).
Precisamos desenvolver essa visão e percepção da graça de Deus em nosso viver diário; não só no que diz respeito à salvação, mas em tudo o que acontece conosco, em todo tempo ao longo de  nossa vida.
Tudo que nos acontece é  fruto da infinita graça de Deus em Cristo Jesus,[1] e  faz parte da soberana vontade de Deus que soframos.[2] Como disse o Dr. Heber Carlos, nada recebemos por  questão de merecimento, como também, quando sofremos, acompanhamos o sofrimento que o nosso Salvador teve. Quando você  recebe o sofrimento que  não merece, ou que pensa não merecer,   você se assemelha  ao seu Salvador, o qual também sofreu sem merecer.[3]
Quando cremos que o nosso Deus quer que confiemos nEle, a vitória virá, ainda que  impossível  aos olhos humanos. Não se iluda e nem se deixe abater com as acusações satânicas de que Deus não o ama; ou que  você não tem fé suficiente para receber a bênção da cura de sua enfermidade.  Embora seja certo que  a nossa fé  precisa ser exercitada e fortalecida, que precisamos  desenvolvê-la sempre, isso não quer dizer que, pelo fato de termos  uma fé robusta, não seremos atingidos  por enfermidades ou calamidades, acidentes, assaltos, ou crimes hediondos.
Também não  podemos aceitar a acusação do inimigo tentando  nos fazer desconfiar do amor de Jesus por nós.  É justamente  porque Ele  nos ama que somos portadores de Sua glória, instrumentos da  operação divina do Seu poder para a salvação e edificação de outras vidas.  Deus que tem o controle absoluto sobre nossas vidas. Ele manda a doença, a dor, o sofrimento e a morte, de acordo com os Seus santos propósitos: “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão”.[4]
“Sou o          que sou pela graça de Deus”. Enquanto não reconheço isso com profundidade, todo o meu “orgulho santo”  só contribui para a minha autodestruição, e não para a glória de Deus. Sou o que sou pela graça de Deus, e por nada mais.
“Sou o que sou”, portanto,  deve ser a atitude do cristão, tanto quando se encontra em posição de destaque ou superioridade social, para não  se deixar  corromper com a soberba; como serve  de estímulo  àquele que  passa por  tribulações para não se abater ou sentir-se  abandonado por Deus. Se temos a consciência  de que somos  o que somos pela graça  de Cristo, não há  por que nos orgulharmos, como também não há por que nos queixarmos. Em tudo, tanto na fartura como na calamidade, vivemos pela graça de Deus (Fl 1.29; 4.11-13).
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Fl 1.7-29
[2] 1 Pe 5.9; Hb 12:4-6
[3] Campos, Heber Carlos de – A Providência, p. 610 – Ed. Cultura Cristã
[4] Dt 32.39
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