sábado, 12 de novembro de 2011

MORREU E NÃO SABIA

Há muito tempo o jornal “A Notícia” apresentou uma interessante matéria, tendo como tema principal o seguinte: “Mineiro morreu e não sabia”. O assunto, na verdade, era muito banal. Apenas dizia que houve uma mudança de nome de um defunto no necrotério da cidade. Alguém havia colocado o nome do mineiro vivo no defunto. O que mais importava é que o vivo comprovasse sua real situação de vivo.

Da mesma forma, para despertar o povo da cidade Sardes, a fim de que vivessem de tal forma que pudessem comprovar sua condição de “vivos entre os mortos”; assim o Senhor os desafiou: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1b).
O desafio é dirigido tanto à Igreja como ao seu pastor: “Ao anjo da igreja em Sardes...” Entretanto, a mensagem do Espírito Santo para aquela igreja é tão atual, que se aplica a todas as igrejas de nossos dias. E o assunto focalizado é tão pertinente que bem poderia ser comparado com uma manchete dos jornais de nossos dias. Porque muitos, apesar de religiosos, estão mortos e não sabem.

A Bíblia diz que a morte é consequência do pecado. O pecado destrói a paz, separa os amigos, tira a alegria, tira a segurança, a autoestima, o autorrespeito, o amor próprio, e leva à morte. O único remédio para o pecado é o arrependimento e a aceitação do sangue purificador de Cristo Jesus. Precisamos reconhecer a seriedade do pecado e suas consequências. Reconhecer os pecados em nosso viver diário. Precisamos ficar mais atentos para as correções e determinações do Senhor para as nossas vidas, nossos passos na Sua presença... Então poderemos confiar ao Senhor as nossas culpas. Na Bíblia temos vários exemplos de homens que se embruteceram, isto é, não se convenceram de que a única saída para a culpa é para cima.
Há uma danosa tendência de se tentar resolver a situação se envolvendo em outra aventura. Na tentativa de se calar a própria consciência, vai se delineando um caráter “escorregadio”, uma atitude defensiva e autocomplacente. Uma busca de acordo com o mal. Não há, entretanto, como se livrar do acerto final. Precisamos reconhecer que necessitamos de uma constante libertação, avivamento contínuo em nosso viver. Não apenas uma libertação das culpas dos pecados já cometidos, que nos machucam, nos entristecem e nos incomodam, tirando nossa alegria e a paz de espírito. Sem dúvida, precisamos nos ver livres desse incômodo que a culpa do pecado provoca em nós. Mas não apenas isso, precisamos, também, sermos renovados diariamente para que a força do pecado que há em nós, isto é, o poder do pecado, ou a lei do pecado e da morte, como escreveu o apóstolo Paulo em Romanos, 8.2, seja vencida. Libertação do pecado que há em nós, essa tendência maligna da inclinação da carne. O pecado precisa ser confessado a Deus e deixado definitivamente. É mais fácil atribuir aos outros, ou às circunstâncias, do que assumir a responsabilidade.

O homem é controlado por um desejo insaciável de pecar. Porém a Bíblia diz: “Vocês sabem que os maus não terão parte no Reino de Deus. Não se enganem, pois os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencer a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus” (1Co 6.9-11 – NTLH).

“É por isso que muitos de vocês estão doentes e fracos, e alguns já morreram. Se examinássemos primeiro a nossa consciência, nós não seríamos julgados pelo Senhor. Mas somos julgados e castigados pelo Senhor, para não sermos condenados junto com o mundo” (1Co 11.30-32).

Vanderlei Faria

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