quarta-feira, 14 de março de 2012

CURAI ENFERMOS

“Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mt 10.8).

Quando ouço sobre os problemas e angústias das pessoas fico sempre de “pé atrás”, tendo a sensação de que posso dizer algo que lhes irrite, ou que pareça um disparate. E o pior é que tenho que reconhecer que, muitas vezes, minhas opiniões e sugestões não passam disso mesmo. É que também estou em busca das soluções, das respostas. Assim agimos como que num “ensaio e erro” muito comum entre os pesquisadores.

Creio que uma das coisas mais difíceis é trabalharmos com a dor alheia. Estamos sempre correndo o risco de cairmos em um dos extremos: Parecermos levianos e frívolos, ou parecermos muito pedantes e insensíveis para com os que sofrem. Por isso, creio que a melhor maneira de ajudar alguém é fazer o que fizeram os amigos de Jó, antes de abrirem suas bocas.
Faltam-nos sabedoria e maturidade para sentirmos juntos, chorar juntos. Como nem sempre podemos estar perto, junto, precisamos nos expressar de alguma forma, ainda que correndo o risco de dar mancada, falar bobagens. Ainda assim, precisamos correr esse risco, na esperança de que ainda consigamos ajudar de alguma forma. Então, se você sofre, por favor, não pense que estou banalizando ou desconsiderando seus sentimentos.

Quero que não se esqueça de que não tenho a mínima condição de julgá-lo ou criticá-lo por nada. Pelo contrário, estou sempre preocupado com o que eu possa falar, fazer ou pensar, a respeito desse assunto tão relevante.

O que gostaria mesmo é poder contribuir de maneira relevante para a cura interior daqueles a quem me dirijo neste momento. Aliás, sinto-me um tanto responsável pela saúde mental e espiritual daqueles sobre quem exerço alguma influência. Daí essa minha constante volta a esses assuntos. Pena que eu esteja sempre falhando em minhas tentativas de ajudá-los. Mas, não podemos nos esquecer que este é um processo lento e doloroso. A cura completa não se dá sem luta, suor e lágrimas.

A religião verdadeira do Senhor Jesus é aquela que nos leva não ao sectarismo e à impossibilidade de reflexão, mas, sim, nos conduz à reflexão pessoal à luz do ensino de Jesus. Então as decisões advindas dessa base, hão de nos conduzir a uma fé madura, coerente e afinada com a Palavra de Deus.


Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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