domingo, 18 de março de 2012

UMA NOVA REFORMA

Deus abomina espiritualidade sem santidade. Deus não se agrada de ritualismo e formalismo desprovido da sinceridade do coração; coração dividido, ou falta de integridade.

Quando Paulo escreveu à igreja de Corinto, vários grupos se autodenominavam como "os espirituais". Isto devido às suas práticas, costumes, forma litúrgica, pelo rigor excessivo com a lei, principalmente quando deveriam aplicá-la aos outros. Outros pela liberdade excessiva para com o comportamento ético, redundando essa liberdade em libertinagem. Estes viam a graça de Cristo como se fora uma liberdade para pecar.

Ainda que se viva como gente espiritual no conceito humano, popular, se essa espiritualidade não for centralizada em Cristo, cristocêntrica, não haverá paz real no coração. Espiritualidade sem santidade é engodo, é a religião do diabo. É quando se contenta em viver de aparências, satisfazendo-se apenas com os aplausos e elogios humanos; sem, contudo, sentir-se aprovado e restaurado por Deus. Essa tentativa de se viver como espirituais, sem vida santa e consagrada a Deus, é combatida pelo apóstolo Paulo, tanto em Rm 1.18-32, como na Primeira carta aos Coríntios.

Quando você quebra as leis de Deus, ainda que ninguém externamente o acuse, você reconhece essa ruptura da comunhão, da paz interior. E isso provoca uma desintegração, o contrário da integridade (por inteiro), na vida do cristão; e uma das maiores armas do inferno: bloquear as mentes humanas para o entendimento sobre a vontade de Deus.

A igreja de Corinto tinha dificuldade em associar as duas coisas. Havia aqueles que se orgulhavam (isto mesmo, se orgulhavam) por se considerar mais espirituais que os outros. E, praticamente, todos tinham suas justificativas para se sentirem dessa forma. Havia aqueles que eram "espirituais" porque "cumpriam" rigorosamente os preceitos da lei judaicas, eram os judaizantes legalistas. Havia os que sentiam-se mais espirituais porque se apropriaram do entendimento da graça de Cristo, logo, achavam-se livres e superiores por não se apegarem à letra morta da lei. Havia, também, os que se julgavam mais espirituais porque exerciam determinados dons espirituais, tais como falar em outras línguas, profetizar, etc.

Precisamos de espiritualidade com santidade. A dificuldade maior na compreensão deste assunto, ao meu ver, é devido à falta de entendimento quanto à necessidade de haver sintonia entre ortodoxia e ortopraxia; teoria e prática. Sem essa compreensão, não existe vida cristã significativa.


Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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