Creio que,
realmente, a igreja de Cristo,
principalmente no Brasil, precisa de uma nova reforma. Porém, como bem
enfatiza Klaas Runia, também não estou me referindo a mudanças
denominacionais. Isso só causa confusão
e tristeza no meio do povo de Deus.
Refiro-me àquele zelo pelo estudo da Palavra de Deus, à intensificação
da oração e aquele ardor espiritual que precisa se reacender em nós. A
tendência de todos nós é vibrarmos e nos
emocionarmos com as primeiras experiências cristãs, com “o primeiro amor”.
Depois, gradativamente,
somos envolvidos com as múltiplas atividades eclesiásticas e denominacionais,
as quais os religiosos tanto prezam. Por
outro lado, há quem pense que, para
manter o novo crente firme e constante
na obra do Senhor, precisa mantê-lo
“ligado”, ativo, produtivo... Aí os novos crentes, e todos os demais, se
entregam a um ativismo frenético e inconsequente sem proporções. O fato é que normalmente há
sempre uma oposição velada ou explícita às mudanças. Como diz a jovem Ana Paula Leite Evangelista, no artigo que recebi através de e-mail:
“Já é consenso
que a modernidade, a globalização e a tecnologia acarretam necessárias e
constantes mudanças, com velocidade antes desconhecida.
Talentos surgem
e desaparecem, a tecnologia de ponta torna-se obsoleta em poucos dias e as
relações já não são mais as mesmas. Sabemos disso, é fato. E até buscamos
acompanhar, entender e absorver... Mas, quando estas mudanças estão
relacionadas com aspectos pessoais de nossas vidas, parece ser mais difícil
aceitá-las com tanta "naturalidade".
Abrir mão de uma zona de
conforto, que já conhecemos tão bem e dominamos este "terreno"
provoca insegurança, nos faz sentir medo e confusão. Nestes momentos,
identificar o quê está sendo mudado, buscar compreender "a novidade"
que chega e identificar nossa nova posição neste contexto pode fazer com que
sintamos o "chão mais firme".
Assim, impedimos que fantasias com
monstros e com príncipes tomem o espaço
do que realmente existe. Muitas vezes, tendemos a supervalorizar aquilo que
está findando, não recordando que havia falhas, erros ou insatisfação, seja no
emprego que estamos deixando ou uma relação amorosa que acabou. Nos apegamos ao
que era bom, somente ao que era bom.
Mudar significa desejar, acreditar e
buscar o melhor. Corrigir erros do passado pode ser impossível, mas não
cometê-los novamente é um desafio presente na mudança. Olhe para a
possibilidade de mudar como uma nova oportunidade, e com grandes chances de
acertos. Pois a cada mudança que você viveu, tornou-se mais experiente. Então,
viva esta mudança!”.
Pr. Vanderlei
Faria
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