quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A PORTA DA ESPERANÇA


“Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4.13).

Quais seriam as coisas  a que Paulo se referia  que  poderiam ser suportadas e  superadas? Veja o contexto: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4.11-13).
 
Logo, o que  ele estava dizendo é que poderia permanecer firme, apesar  de todas as tribulações  e necessidades  vivenciadas. Manifestando, assim, a graça de Cristo que nos consola e nos dá  o suprimento para viver e lutar, na certeza de  que Ele é fiel e suficiente para nos  sustentar nesse mundo tenebroso.
 
Você pode ficar a vida toda correndo atrás de bênçãos paliativas. E, ainda assim, não sentirá que é o bastante para suprir os anseios de sua alma. Mas quando  permitir que a graça divina o  alcance, então sentir-se-á seguro, na certeza de que a graça  de Cristo lhe basta. Por isso Paulo vai dizer: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória,  há de suprir,  em Cristo Jesus, cada  uma  de vossas  necessidades” (Fl 4.19). Isto é a graça de Cristo Jesus. Louvado seja o Senhor!
 
Deus quer desenvolver a nossa comunhão com Ele. No texto (Atos 16:19-34)  fica evidente esse propósito de Deus para Seus discípulos. E eles aproveitaram o tempo da tribulação para orar e glorificar a Deus. No final da história podemos observar que tudo redundou no benefício de uma família, na glória de Deus e para  o nosso bem, já que o texto faz parte dos oráculos de Deus para nos edificar e nos abençoar.
 
Assim é que  Deus trabalha conosco. Eles poderiam até mesmo terem agido como tantos hoje, não aceitando o mal que lhes  acontecia, atribuindo  tudo ao diabo. Assim, poderiam ficar livres da prisão e dos açoites. Porém, não teriam cumprido  o propósito de Deus, nem O glorificariam com suas vidas. Poderiam ganhar fama  de vitoriosos  sobre as forças do mal, mas não agiriam para o bem daqueles que foram salvos. Poderiam se orgulhar e se auto-promoverem diante dos homens, mas não teriam agradado  a Deus e  nem obedecido à Sua vontade. Poderiam  se alegrar e agradarem a si mesmos, mas não teriam  agradado ao Senhor a quem serviam. Enfim, pense você mesmo, foi para isso que Deus nos chamou? Portanto, em tudo precisamos nos lembrar do  que a Bíblia diz ainda sobre o sofrimento. Ou seja, que eles são por breve tempo (Sl 30.5; Rm 8.18; 2 Co 4.16; Hb 12.10; 1 Pe 1.6-7; 5.10; Ap 2.10, etc). 
 
Certa ocasião ouvi um locutor esportivo, no auge da transmissão de uma corrida  emocionante e cheia de acidentes, dizer o seguinte: “Um piloto de F.1 sempre sai ganhando, mesmo quando  perde a vida.” É claro que ele estava blefando; estava tentando  valorizar  o esporte perigoso. Ninguém ganha quando perde a vida, a menos que seja por amor a Jesus Cristo. Foi Ele quem disse:   “Aquele que perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mt 10.39). 
 
Aquele que tem o Senhor Jesus como seu Supremo Pastor, sempre sai ganhando, mesmo quando perde a vida material, física. Ainda que gemendo e chorando, num deserto abrasador. Sabendo, pois, que não adianta questionarmos a Deus, e, sim,  imitarmos os atos dos apóstolos; sabendo que as nossas  lamentações podem nos levar a uma situação perigosa. 

 
Ao meditarmos nessa experiência dos servos do passado, somos consolados e, também, poderosamente desafiados a continuarmos firmes em nossa caminhada. Ainda que seja através de dores e lágrimas. Consideremos, pois, com toda a seriedade, as atitudes nas quais estamos revelando a nossa fé: Como estamos reagindo diante das adversidades da vida? Será que Deus está sendo glorificado através de nossos atos? Quando vem os sofrimentos, somos esmagados por culpas e dúvidas, ou aproveitamos as oportunidades para glorificar ao Senhor?
 
Quem sabe você esteja atravessando um momento desesperador em sua jornada terrena. A depressão começa a deixá-lo transtornado. Você está  sentindo-se na janela da grande decisão: vida ou morte? Então, em nome de Jesus, eu apelo ao seu coração, não se  precipite para a morte, sem Deus,  sem salvação. Faça como o carcereiro de Filipos,  volte-se agora mesmo para o Senhor da vida, Jesus Cristo. Ele é a nossa porta da esperança, a nossa única esperança, vida magistral. Amém.

 

Pr. Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

Nenhum comentário: