“Houve uma jovem
cujo pai falecera. Era crente,
mas amara tanto ao pai que ficou
amargurada, não querendo aceitar a vontade de Deus. Seu pastor, visitando-a,
encontrou-a a trabalhar num lindo
bordado. Enquanto conversavam, ela observou:
_ ‘Pastor, não compreendo por que Deus leva um homem como meu
pai, tão bom crente, tão bondoso para a
família, tão útil à igreja e a todo o
mundo, e deixa tanta gente que não
presta para nada, que é uma vergonha e
desgraça para todos’.
O ministro não respondeu logo, mas continuou a
conversar sobre outros assuntos. Daí a pouco pediu para ver
o bordado em que a moça trabalhava. Quando ela lho entregou, ele, de propósito virou-o do avesso e, olhando esse lado, disse: ‘Não compreendo por que uma moça
inteligente como você gasta seu tempo
a fazer uma coisa tão feia: um
alinhavo aqui, outro ali, sem um plano ou harmonia. Que coisa feia!’
A moça
atalhou de pronto: “Mas, pastor, o senhor
está vendo o lado avesso do
bordado; está vendo o lado
errado.” Então o pastor viu o bordado e fixou a vista no lado direito. Como era
lindo o desenho! E disse: “Minha jovem,
o que fiz com seu bordado é o que
fazemos com o plano de Deus. Olhamos de
baixo. Vemos somente, por assim dizer, o lado avesso, de modo que não podemos compreender
a sua beleza, perfeição e sabedoria. Se pudéssemos vê-lo de cima, do ponto de observação de Deus, seríamos capazes de compreender, de ver
a harmonia de suas várias partes. Seríamos capazes de compreender como
cada acontecimento se ajusta ao plano
divino, até aqueles que nos perturbam e fazem sofrer muito” (Falcão, Samuel –
Escolhidos em Cristo, p.64).
A Bíblia faz mais de quinhentas referências ao medo, dizendo
geralmente: “Não temas!” como Jesus disse em Mt 10.28. Ouvi recentemente uma
frase que bem caracteriza essa segurança e paz da presença divina conosco: “Quando a ave pousa sobre o filhote, quando a tempestade ameaça
arremessá-la... Ela fica firme como que a dizer: Pode derrubar-me, ainda tenho asas para voar...” Se vivemos com Cristo aqui na
terra, a morte não nos assusta, ou pelo menos, não nos causa
pavor...
O salmista assim se expressou: “Compadece-te de mim, SENHOR,
porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha
alma e o meu corpo. Gasta-se a minha
vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por
causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem. Tornei-me opróbrio para todos os meus
adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os
que me vêem na rua fogem de mim. Estou
esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado. Pois tenho ouvido a murmuração de muitos,
terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida. Quanto a mim, confio em ti, SENHOR. Eu disse:
tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão
os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores”
(Salmos 31:9-15 RA).
E Paulo acrescenta:
“Antes, com toda ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre,
engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fl 1.20 b). Os quatro relatos dos
evangelhos estão repletos de ricas
promessas de nosso Senhor Jesus Cristo. Promessas das mais diferentes bênçãos. Bênçãos materiais, poder de curar enfermidades, de expulsar demônios, repouso para os oprimidos,
saúde para uma infinidade de doenças....etc. Porém, a mais gloriosa de todas as promessas é a de
vida eterna: “É esta a promessa que ele
nos fez: a vida eterna” (I Jo 2.25). É a promessa que o Senhor mais
repetiu. O evangelista João a registrou dezesseis vezes.
_ “Quando irei para o céu?
Como será ele?” Essas eram, certamente,
as perguntas em que Paulo estava
pensando quando escreveu Fl 3.20-21. E qual tem sido a nossa maior
preocupação quando nos deparamos com as sombras da morte?
Pr. Vanderlei Faria
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