sábado, 7 de junho de 2008

O Mais Importante

Apesar de sua intensa vontade de se reencontrar com Jesus, Maria Madalena não o reconheceu de imediato, quando O viu. Havia, na verdade, várias razões para isso: A escuridão da noite, embora estivesse amanhecendo. As lágrimas ofuscavam sua visão. A tristeza que inundava seu coração, tornando-a lerda, sem ânimo, sem entusiasmo e vibração. Mas, principalmente, a maior barreira para reconhecer a Jesus, foi, sem dúvida, o seu tremendo desconhecimento a respeito da palavra profética sobre o que haveria de acontecer com Jesus: Jo 14:1-4.

Muitas vezes nossos sentimentos equivocados, lágrimas e a escuridão de nossa visão espiritual deturpada, nos impedem de reconhecer Jesus em nossa trajetória terrena. Por isso, faz-se necessário ouvi-Lo através de Sua Palavra.

Apesar de triste e confusa, Maria permaneceu esperando, crendo (ainda que timidamente). Mesmo quando os outros se retiraram tranqüilos, ela permaneceu chorando, a despeito da mensagem angelical. Apesar da informação oficial de que a vitória já fora conquistada sobre a morte e o inferno. Tudo isso já era realidade em sua mente, em sua vida, embora imperceptivelmente. Então, agora era a crise do crescimento cristão, da maturidade espiritual. E foi recompensada com o inaudito privilégio de ser a primeira pessoa humana a conversar e adorar o Senhor ressurreto. Que tremenda emoção! Um novo amanhecer raiou para ela, como se o céu se lhe abrisse, descortinando diante dela a mais preciosa revelação de Deus. Foi, então, quando Ele pronunciou, de forma enfática e inconfundível: Maria!

Quantas vezes perdemos tempo em lamentações, supervalorizando-se as perdas, os reveses e tristezas da vida, sem levarmos em conta a vitória já assegurada em Cristo Jesus, conforme 1Co 15.54-58.Ela fora ao sepulcro com uma preocupação específica: ungir o corpo de Jesus. Existem muitos filhos de Deus excessivamente ocupados e assoberbados com os deveres religiosos, trabalhando exaustivamente naquilo que se imagina ser o melhor a fazer para Deus, ou o melhor que Deus deseja que se faça...

Acredita-se com suficiente capacidade e resistência para se desincumbir das inúmeras tarefas religiosas. Maria também se achava capaz de carregar sozinha o corpo de Jesus, levando-o para casa. Quão enganada estava Maria em relação ao que poderia fazer por Jesus e com Jesus! Havia algo mais sublime e prazeroso que não imaginara: adorar a Jesus na Sua santidade e proclamar aos outros que Ele ressuscitou. Que a salvação é possível. Isto sim, seria e continua sendo mais importante e necessário. O mais importante continua sendo poder carregar Jesus VIVO em nossas almas; adorando-O e proclamando a Sua salvação.

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