quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DEUS QUE OUVE

Gn 21.17-20


A Bíblia não diz qual  foi a oração de Agar, nem qual foi a oração do menino Ismael; mas nos afirma a Palavra que “Deus ouviu a voz do menino de onde ele estava” (21.17). Deus ouviu  a oração, o clamor de um menino, de onde ele estava. Ainda que  no deserto, ainda que abandonado, experimentando  as tenebrosas sombras da morte... Ainda que gemendo e chorando, aflito e desesperado; Deus o ouviu!
Não nos parece muito “estranho”  e surpreendente o que lemos nesse texto,  considerando-o à luz  de nosso contexto  religioso atual? Não seria  mais natural e aceitável se o texto dissesse que Deus  ouviu a oração do patriarca Abraão em favor do menino rejeitado e abandonado  no deserto? Não é estranho  que a oração de um menino abandonado  se enquadre no perfil  bíblico: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16 b)?

Recentemente visitei algumas igrejas onde trabalhei. Numa delas, fiquei perplexo com a prepotência de seu líder atual (mesmo sem ser pastor, ele não abre mão da liderança da mesma).  As pessoas diziam  que só ele podia orar  em favor dos enfermos e problemáticos da referida igreja. Num culto pela manhã, desafiei  aqueles irmãos  a exercerem  o sacerdócio cristão, individualmente. Falei-lhes da importância de cada crente  agir  como sacerdote de sua família. Falei-lhes do simbolismo do véu do templo ter se rasgado de alto a baixo quando da morte  de Jesus, significando que não  havia mais  barreiras, sacerdotes humanos, no sentido estrito da palavra, para intermediar nosso acesso a Deus. Que cada crente agora faz parte  da “raça eleita” (1Pe 2.9-10). Que, embora devêssemos  orar uns  pelos outros, não poderíamos  transferir para outros o privilégio que Jesus nos concede  de irmos a Ele pessoalmente. Quando terminei de dizer essas palavras, uma irmã se levantou e disse:

Infelizmente, hoje é muito comum ouvirmos chacotas sobre as igrejas evangélicas. Isto devido, exatamente, à empáfia e arrogância de alguns líderes; os quais se acham capazes de  manipular a vontade de Deus, como se eles fossem detentores do monopólio do poder de Deus.  Contudo, o texto nos diz que Deus ouviu a voz, a oração, o clamor  do menino abandonado no deserto. Assim também, Deus pode ouvir a sua oração, o seu clamor, seja você um jovem crente, adulto ou ancião. Ele é o Deus que ouve!   Deus estava com o rapaz, e deu graça e sabedoria  à sua mãe para casá-lo com uma mulher de sua  própria origem, com dignidade e honra. Creia, Deus está com você também!

Pr. Vanderlei Faria

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