quarta-feira, 5 de setembro de 2012

REAÇÃO DE DOIS FILHOS DE DEUS


_ “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam” (At 16:25).

Temos aqui o relato da extraordinária vitória sobre a amargura, depressão, ódio, injustiça, etc. Paulo e Silas teriam sido derrotados,  se gastassem o precioso tempo que  Deus lhes concedia viver, usando-o para lamentações e amargura. Se eles se deixassem derrotar por essas e outras perguntas, encontrariam, inevitavelmente, muitos motivos para sentirem-se  arrasados e destruídos pela amargura.

Entretanto, o que a Bíblia nos apresenta sobre a reação de Paulo e Silas, faz-nos  acreditar que, realmente, eles estavam seguros do chamado especial que haviam recebido. Principalmente o apóstolo Paulo, quando o próprio Senhor determinara a Ananias para ir ao seu encontro: “Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.15-16).
Vejamos no texto a fantástica reação de dois  filhos de Deus ante as circunstâncias desfavoráveis e perversas que enfrentavam. Pensemos nos diversos “motivos”, dentro da concepção atual, que os discípulos teriam para agirem com revolta e tristeza, se eles não fizessem uso do louvor e oração. Em primeiro lugar, eles poderiam alimentar um profundo sentimento de culpa pelos acontecimentos anteriores.  Se nos voltarmos aos acontecimentos que antecederam aos fatos que resultaram na prisão dos apóstolos, compreenderemos melhor esta questão:

_ “Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão...  Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.  Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor” (At 15:2, 39-40).

Se Paulo e Silas ficassem procurando respostas para os seus sofrimentos, seriam arrasados pelo sentimento de culpa. Mesmo porque, não havia como reparar os erros cometidos. Há muitas coisas que fazemos ao longo da vida que nos provocam culpa e tristeza. Porém, nem sempre o erro pode ser revertido ou compensado, como se  propôs Zaqueu, por exemplo.

Algumas das nossas atitudes e decisões nesta vida são irreversíveis enquanto  aqui estamos, outras têm conseqüências eternas. Não podemos nos esquecer de que o nosso Deus, além de amoroso e terno, misericordioso, é, também, justo. Sua justiça não falha. Tanto julga os ímpios, como, também, àqueles que são Seus. Os que não se arrependerem serão punidos eternamente no inferno (1 Co 6.9-10; 2 Ts 1.9;  Ap 21.8; 22.14-15).

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br


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