quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O SOFRIMENTO NOS CONDUZ AO ARREPENDIMENTO

Quando se viu vitimado por uma enfermidade mortal, Ezequias não teve outra alternativa se não buscar a Deus em oração. É o que normalmente  acontece com os filhos de Deus. O propósito de Deus não é nos sofrer, mas que o sofrimento, as dores e lágrimas, nos conduza ao arrependimento de nossos pecados, ao entendimento quanto à necessidade de termos  humildade e receptividade às Suas ordens. Tudo visando o propósito maior que a glória de Deus.

Assim, o sofrimento nos torna maleáveis (pelo menos este é o propósito de Deus para nós, embora alguns se tornem mais rígidos, endurecidos diante do sofrimento), mais humildes para  recebermos ajuda dos outros quando não estamos, normalmente,  habituados a depender de ninguém, como o rei Ezequias.  Mas, principalmente, quando ouvimos a voz de Deus, precisamos observar Suas determinações. Se há alguma coisa errada em nossa vida, nosso caráter, algum pecado escondido, camuflado, precisamos apresentá-lo, arrependidos e contritos diante do Senhor, como nos ensina o apóstolo Paulo:
_ “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2.4).

_ “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados!” (2Co 7.10-11a).

Precisamos reconhecer a  seriedade do  pecado  e suas   conseqüências. Reconhecer os pecados em nosso viver diário. Precisamos ficar mais atentos para as correções e determinações  do Senhor para as nossas vidas, nossos passos  na  Sua presença... Então, poderemos confiar ao Senhor as nossas culpas.
Na Bíblia temos vários exemplos de homens que se embruteceram, isto é, não se convenceram de que a única saída para a culpa é para cima. Há uma danosa tendência de se tentar resolver a situação se envolvendo em outra aventura.
Na tentativa de se calar a própria consciência, vai se delineando um caráter “escorregadio”, uma atitude defensiva e auto-complacente.  Uma busca de acordo com o mal. Não há, entretanto, como se livrar do acerto final: “Tu, pois, converte-te  a teu Deus; guarda a benevolência e a justiça, e em teu Deus espera sempre(Os 12.6).

Precisamos reconhecer  que necessitamos de uma constante libertação,  avivamento contínuo em nosso viver. Não  apenas uma libertação das culpas dos pecados já cometidos, que nos machucam, nos entristecem e nos incomodam,  tirando  nossa alegria e a paz de espírito.  Sem dúvida, precisamos nos ver livres desse incômodo que a culpa do pecado provoca em nós. Mas não apenas isso, precisamos, também,  sermos renovados diariamente para que a força do pecado que há em nós, isto é,  o poder do pecado, ou a lei do pecado e da morte, como  escreveu o apóstolo Paulo em Romanos, 8.2, seja vencida. Libertação do pecado que há em nós, essa tendência  maligna da inclinação da carne. O pecado precisa ser confessado a Deus e deixado definitivamente. É mais fácil atribuir aos outros, ou às circunstâncias, do que assumir a responsabilidade.  Porém, a Bíblia diz: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”  (Tg 5.16).

Pr. Vanderlei Faria

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