terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MEIO CEGO

Mc 8.21-25

No texto acima, Marcos cita um episódio muito curioso no treinamento que Jesus realizava com seus discípulos, o qual ilustra significativamente a situação de quem se acomodou apenas com a primeira experiência com Jesus.

O cego, inevitavelmente estava feliz em perceber que já estava podendo distinguir alguma coisa, ainda que de forma turva, confusa, insipiente. O início, o primeiro toque da bênção divina já lhe fora motivo de muita gratidão e alegria. Até então, em não podia contemplar absolutamente nada, era completamente cego. Assim, estar vendo alguma coisa já parecia ser suficiente; quando, na verdade, ele ainda era “meio cego”.

Não será esse o nosso principal problema hoje? Ou seja, nossa incompreensão do que seja a verdadeira vida cristã? Não podemos desassociar a vida cristã, espiritual, da vida secular, diária. Não podemos fracionar a nossa vida entre o que é espiritual e o que é pessoal, particular, material.

Quantas vezes o crente está vivendo comprometido com o pecado e, por não sentir-se capaz de confessar seus pecados, sua dureza de coração, se envolve sacrificialmente até o limite de suas forças como uma forma de compensação!

Na verdade, aquele crente sente-se de certa forma recompensado emocionalmente pelo fato de contar ou exercer alguma atividade que seja útil, honesta e até contribua grandemente para a alegria e edificação do povo de Deus. Porém, ainda assim, Aquele que sonda os nossos corações sabe que tudo quanto estamos oferecendo a Deus como culto solene não passa de “fermento dos fariseus”, palha, algo inútil.

Com o toque das mãos de Jesus aquele homem sentiu-se maravilhosamente abençoado; porém, o que ele não sabia, é que o Senhor ainda tinha mais a lhe oferecer. Aquele que começou a boa obra na vida dele, haveria de completá-la, como nos diz o apóstolo Paulo (Fl 1.6).

Paulo ora em favor dos irmãos de Filipos para que eles não ficassem estagnados nos primeiros passos da vida cristã. Paulo ora para que Deus completasse a obra iniciada na vida deles a fim de que eles crescessem na sabedoria e entendimento no seu relacionamento com Deus.

Ao mesmo tempo em que o apóstolo estava orando, estava também encorajando-os a buscar esse crescimento, através da comunhão com Deus. Eles precisavam continuar se aprofundando nas coisas espirituais, tanto para que adquirissem o discernimento necessário para fazerem escolhas acertadas na vida como, principalmente, para que “A vida de vocês estará cheia das boas qualidades que só Jesus Cristo pode produzir, para a glória e o louvor de Deus”. A fim de que eles produzissem frutos para a glória e louvor de Deus; frutos que haveriam de glorificar a Deus, acima de tudo.



Pr. Vanderlei Faria
LEIA EM BREVE O LIVRO “ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS” – VANDERLEI FARIA
Visite o Portal: www.midiasound.com
Ou acesse o Blog: www.mananciaisdevida.blogspot.com

Nenhum comentário: