sábado, 4 de dezembro de 2010

A GUERRA OFENSIVA

Consideremos, agora, a Guerra Ofensiva. Ofensiva e agressiva, porém estrategicamente positiva em seus efeitos. E isto no sentido espiritual. A Bíblia nos diz ainda como vencer a guerra espiritual, ofensiva e positivamente – Tomando posse da armadura de Deus (Ef 6.10-20).

Paulo fala do Espírito Santo como o poder de Deus que nos proporciona a vitória. Quando nos tornamos cristãos entra em nós o poder do Espírito de Deus. Então, Ele mesmo nos encoraja a fazer uso da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual e para nos fortalecer na “força do seu poder que habita em nós”. O Espírito nos muniu da instrução que se acha na Palavra, porém, não podemos usá-la sem Ele... Portanto, certifique-se de que você está salvo realmente e firme-se nessa certeza; fazendo uso da Espada do Espírito: “...que é a palavra de Deus...” (Ef 6.17b).

No texto de Efésios (Ef 6.18-20), Paulo nos exorta a fazer uso “de toda a armadura de Deus” (v.13). Isto nos faz entender que precisamos tomar posse de todos os recursos que Deus nos oferece. É importante destacar que, além de nos alertar para a amplitude de nosso combate, para a acirrada e permanente luta contra as hostes do mal, Paulo nos adverte para não deixarmos de fazer uso de todos os recursos que temos disponíveis: "Toda a armadura de Deus!" Creio que é justamente aqui que reside o nosso maior descuido. Por isto, ele nos apresenta toda a armadura necessária e disponível ao cristão a fim de que não nos contentemos apenas com algumas peças dessa armadura.

Ao mesmo tempo, Paulo procura nos instruir e nos acalmar quanto a este assunto: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Co 10.13). E Pedro completa: “É porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia do Juízo” (2 Pe 2.9). Pedro ainda nos exorta: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1 Pe 5.8-9). Tiago confirma as doutrinas expostas da seguinte forma: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

A nossa batalha é espiritual, e só alcançaremos a vitória por meio de um poderoso avivamento espiritual. Porém, é bom lembrar que esse avivamento não consiste de meios humanos, chavões e barulho. Nem mesmo o crescimento numérico pode servir de parâmetro para avaliação do que seja avivamento. Não significa só ajuntamento, aparência de algo saudável... Você se vê derrotado, humilhado e infeliz? Mas o verdadeiro avivamento vem do Senhor. É Ele quem nos conduz à oração a fim de que Ele mesmo proporcione o avivamento e a restauração da paz para as nossas cidades.

Finalmente, precisamos enfatizar dois aspectos da armadura do cristão: Vigiar e orar. É interessante destacar um detalhe pouco discutido: Tanto Jesus, como Paulo, quase sempre colocam o vigiar em primeiro lugar. Como é mais fácil orar e atribuir tudo a Deus ou ao diabo, muitas vezes nos descuidamos da nossa responsabilidade pessoal nessa guerra, em nosso combate. Daí o resultado de tanto fracasso na questão moral, ética, em nosso meio. Precisamos nos lembrar de que não basta apenas crer e orar, mas também vigiar. Orar todos nós temos consciência de que precisamos, embora nem sempre o pratiquemos. Mas, e quanto à vigilância? Portanto, precisamos destacar a importância da vigilância. Jesus acrescenta ainda mais dois recursos indispensáveis para vencermos as provações e tentações: ORAÇÃO E JEJUM. Na verdade, como os termos aparecem nas citações do Senhor Jesus sempre relacionados, podemos dizer que é uma só. Desta forma, podemos dizer que oração e jejum se fundem numa só atividade caracterizando a intensa e persistente comunhão com Deus.


Assim, a violência e o caos urbano são apenas meios através dos quais Deus conduz o Seu povo ao arrependimento e a comunhão com Ele através do jejum e oração, como nos diz o Senhor: “Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar” (2 Cr 7.13-15). Antes de mais nada vale a pena considerarmos que o texto diz que só pode de fato orar aqueles que fazem parte específica do povo de Deus: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome”. Você faz parte desse povo?

Nesse texto o Senhor exorta o Seu povo no sentido de observar os Seus preceitos, para que possa firmar-se na verdadeira sabedoria divina. Deus falou ao Seu povo, o povo escolhido com propósitos específicos. Deus não está fazendo um apelo à raça humana de um modo geral no sentido de que alguém dê crédito à Sua palavra e se volte para Ele. Ao contrário, esta é uma mensagem dirigida especificamente ao povo escolhido de Deus, propriedade exclusiva do Senhor, como nos diz o apóstolo Pedro: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pe 2:9-10).
_ “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus... e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal... O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!”.[1]




Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

[1] Fl 1.9-11; Mt 6.13a ; 2Tm 4.8

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