sábado, 18 de dezembro de 2010

O NATAL SEGUNDO O APOCALIPSE

O NATAL SEGUNDO O APOCALIPSE - UM CONVITE À TRANSCENDÊNCIA




Rev. Augustus Nicodemus e à Igreja escondida por Deus no deserto.

Em palavras bem simples, transcender é subir um degrau e ver além do que a maioria tem visto ou, ainda, "ver com os olhos de Deus". É extenso o testemunho da intervenção divina que insiste em nos fazer ver o que Ele vê, ver com os olhos de Deus o mundo a nossa volta. A mensagem é de Natal, assim, gostaria de convidar você à transcender, ver o Natal com os olhos de Deus.

A proposta do mundo é transformar a data do Natal em mais uma possibilidade de ganhos fartos para o comércio. Assim, para abarcar o maior número de consumidores possíveis, até os cartões de fim de ano estão vindo com a politicamente correta frase de “boas festas”. Tudo bem genérico, insípido, para agradar calorosamente tanto a gregos como a troianos.

A comemoração do natal no dia 25 de dezembro aconteceu para reverenciar a pessoa de Jesus no dia mais importante para os pagãos romanos. Era o dia do deus sol, o Sol Invictus. Então, como “pública profissão de fé” por parte do Império, que se dobrava diante do cristianismo, aprouve tirarem do pedestal sagrado da idolatria esse fajuto deus sol e colocar o Sol da justiça, Jesus. Esclarecida uma das razões de origem da data, pois, de fato não podemos precisar com certeza o dia do nascimento de Jesus, cabe dizer que tanto o Natal como a Páscoa – festa muito mais fundamental para a Cristandade – são vítimas hoje dessa descaracterização comercial. Embora tenha muita gente enchendo as burras de dinheiro com o Cristianismo e suas versões lights, a verdade é que tudo faz parte de um plano engendrado para a mudança, substituição (ou retorno) do paradigma pagão.

O Natal – a força de seu verdadeiro simbolismo – transcende as normas baixas do paganismo e desse comércio interessado no "lucro santo". Em Apocalipse, capítulo 12, João nos convida a transcender o Natal e vê-lo como Deus o vê. Preste atenção.

"E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz".

Transcender - a grande batalha espiritual. Aquele momento, há mais de dois mil anos atrás, aquela criança nascida, quem imaginaria as forças rebeldes que estavam se colocando contra aquele menino? O espetáculo, o drama, a batalha fora sinalizada no céu. Ao olharmos a manjedoura, é preciso transcender e postarmos os olhos no céu. Aquela mulher apocalíptica não é Maria apenas, mas abarca essa jovem também: a mulher é Israel (Antiga Aliança), mas é a Igreja (Nova Aliança) no simbolismo de João. E é esse povo espiritual que atravessa alianças e eras e grita as dores de parto: Israel de Deus que irá parir aquela criança israelita!

"E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho".

Transcenda - aquela manjedoura abala as regiões celestiais. É naquela manjedoura, não mais a manjedoura histórica de dois mil anos atrás, mas a outra - a eterna - por causa dessa é que há revolta de Satanás. A manjedoura que pesava sobre a cabeça de Lúcifer era a promessa incômoda da encarnação. O poder, a majestade devida àquela criança, gera no ser angelical sua própria derrocada espiritual. Ele aguardou em fúria, diante do Israel histórico, o momento em que nasceria aquele menino. O menino que declararia vãs as pretensões de glória desse dragão. O dragão permaneceu por todo o Antigo Testamento com sua boca aberta contra a mulher, sem saber o momento exato do nascimento da criança, mas ciente da promessa feita aos homens em Gn 3: 15.

"E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono".

Os cristãos perseguidos do tempo de João precisavam transcender! Não era Roma, não era o sangue ou a carne, mas eram os dominadores deste mundo tenebroso seus verdadeiros inimigos. Então, era preciso perseverar contra as hostes malignas, sabendo que o Natal é uma mensagem já de vitória. É preciso saber que o Natal é um grande sinal no céu e que, na eternidade, esse menino nascido já fora crucificado e já nos salvara desde a fundação do mundo (Ap 13:8 e 17:8)!

Nós, cristãos, precisamos saber que o grande dragão vermelho agora avança contra a Igreja,

"E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo".

Mas...

"...ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte".

Eis o verdadeiro sentido do Natal! O dragão, o grande dragão vermelho, não conseguiu impedir o nascimento do homem que há de reger todas as nações. Mas o capítulo não se encerra. João segue descortinando aos cristãos do seu tempo a História. Eles são mártires, perseguidos, açoitados, humilhados e mortos por Roma porque o dragão, agora, derramava sua Ira sobre a mulher, a Igreja. Mas, ela - nós! - está guardada no deserto: o deserto preparado por Deus para nossa proteção.

Deus deu-nos asas para transcendermos e vermos de cima, com os olhos de Deus, o que Ele vê!
Post dedicado ao Julio Severo,

Rev. Augustus Nicodemus e à Igreja escondida por Deus no deserto.

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