quarta-feira, 3 de outubro de 2012

SACRIFÍCIO VIVO

 _ “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”(Rm 12.1).

Os cristãos de Roma estavam acostumados com o sacrifício de animais na prática de cultos de seus patrícios. Muitos, ou quase todos, tinham sido libertos da prática de cultos  pagãos, aos ídolos, para  agora  servirem ao deus vivo. Porém, como nos cultos aos ídolos, alguns estavam apenas dedicando os momentos de culto público para  adoração a Deus. Não estavam entendendo que Deus não quer  que O cultuemos apenas em dias e locais de  rituais religiosos, tendo o restante do tempo reservado para o culto do corpo, ou entregues às práticas contrárias ao que se  declara no ato de adoração pública.

Ou seja, havia, como é muito frequente  verificarmos hoje,  uma dicotomia entre a  teoria e a prática  de adoração. Pretendia-se  apresentar um culto aceitável  e agradável a Deus com os lábios e  coração, sem contudo,  considerar-se a necessidade de haver uma conduta integrada de todo o ser. Era como se  pudesse  haver uma distinção  entre o corpo, a parte física,  e a alma ou espírito. Pretendia-se cultuar a Deus em espírito  e em verdade, sem, no entanto, comprometimento com qualquer abstinência, ou renúncia de alguma atividade ou prática física, ou corporal. Ora, parece que essa prática de um tipo de culto apenas mental e teórico, que se contenta com um oferecimento de  sacrifício materiais  com o propósito de aplacar  a ira divina continua ainda hoje.

No culto pagão oferecia-se sacrifícios de animais, com o propósito de aplacar a ira dos deuses nos quais eles criam. O adorador passava alguns momentos cumprindo determinados rituais para depois sair dali com a consciência tranqüila, para, então, voltar novamente às praticas pecaminosas, tendo agora como garantia a proteção dos deuses, já que  lhes havia  oferecido os sacrifícios que lhe era requerido a fim de cobrir os  possíveis pecados que viesse a praticar...

Paulo faz um veemente apelo ao entendimento dos cristãos no sentido de que  consagrem especificamente  seus corpos, não  como um mero ritual de culto público, mas  como um sacrifício, uma oferenda  completa, diária, constante ao Senhor, porque Deus  se agrada  do sacrifício vivo, da vida toda. Daí o sacrifício vivo, ou de quem está vivo. Que eles  não se limitassem e não se contentassem em oferecer um tipo  de culto com animais sacrificados, mortos, como forma de  adoração a Deus, mas que  colocassem suas vidas  no altar do Senhor como um sacrifício santo, puro e agradável a Deus, para o louvor de Sua glória.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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