sexta-feira, 18 de março de 2011

E O HOMEM AINDA ACHA QUE ESTÁ NO COMANDO

Esta foi a manchete principal do Jornal EXTRA, do Rio de Janeiro, dia 12/03/2011, na manhã de sábado, após o grande terremoto que devastou diversas cidades do Japão. “Terremoto com força de 15 mil bombas atômicas mostra impotência humana diante da natureza”, dizia o Jornal logo abaixo do título.

Na verdade, o que o jornal não disse, embora tenha ficado evidente nesse título, é que o homem não tem o controle e previsão dos acontecimentos naturais, e muito menos dos sobrenaturais; tudo está sob o controle e comando absoluto de Deus. Ainda que muitos ainda continue atribuindo todos os acontecimentos catastróficos ao mero acaso da natureza, a Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – deixa bem evidente que todos esses fenômenos que causam destruição e pavor ao ser humano estão determinados por Deus para se cumprirem nos últimos dias que antecederão à segunda vinda do Senhor Jesus. Mas Ele também nos adverte para que não nos assustemos: “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores. Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações” (Mc 13.7-10).

Em meio às tormentas da vida, às tragédias provocadas pela fúria da natureza, sob o comando de Deus, vez por outra somos informados a respeito da graciosa misericórdia divina manifestada na vida de algumas pessoas. Milagres reconhecidos até mesmo por aqueles que negam a soberania de Deus no universo por Ele criado.

Recentemente o Brasil se emocionou com a reportagem sobre o menino Moisés; o qual foi resgatado com vida de um riacho imundo, um esgoto, de onde fora jogado logo após o nascimento, ainda com o cordão umbilical. Mal acabara de nascer e já enfrentava as adversidades da vida e a crueldade humana, lançado para a morte pela própria mãe que o gerara. Mas Deus interveio protegendo-o e usando alguém para resgatá-lo das águas fétidas e poluídas. Não há explicação para a sobrevivência daquele bebê, senão na graça soberana de Deus. Esta é, sem dúvida, uma ilustração linda e marcante de como Deus opera a Sua maravilhosa graça para resgatar o pecador, perdido e morto em seus delitos e pecados.[1] E isto como Ele quer, quando quer, e para quem quer. Assim como um bebê recém nascido não tem a mínima condição de se defender e de lutar para salvar-se em um rio imundo, sem que a graça de Deus o faça por ele, assim também ocorre no caso de nossa salvação. A Bíblia diz que estávamos mortos em nossos delitos e pecados, não poderíamos reagir, decidir, escolher a salvação, se Deus não nos trouxesse a vida em Cristo Jesus.

Quando ocorreram as enchentes e destruição na região serrana do Rio de Janeiro também fomos impactados com aquela terrível tragédia, a qual provocou a morte de cerca de 900 pessoas, além das perdas materiais de grandes proporções. Porém, em meio ao caos provocados pelas chuvas, também ficamos emocionados com os milagrosos resgates ocorridos ali. Um jovem pai foi retirado dos escombros com seu filhinho de 7 meses, ambos em perfeitas condições físicas. Durante algumas tenebrosas e desesperadoras horas aquele pai conseguiu manter o filho hidratado colocando sua saliva na boquinha do bebê. Várias horas depois, ambos foram retirados sãos e salvos, graças a Deus! Ainda na mesma ocasião, um jovem foi resgatado após percorrer cerca de três quilômetros, arrastado pelas enxurrada, sobre as pedras e diversos obstáculos. Não há como explicar tais fatos humanamente, senão na sobrenatural ação divina.
Mais recente, três dias após o maior terremoto sofrido pelo Japão, seguido por um tsunami de grandes proporções, um bebê foi retirado do meio da lama em perfeitas condições físicas. Como? Só Deus poder fazer com que isto aconteça, não há explicação humana plausível para tais casos. Portanto, vale a pena atentarmos para a letra do lindo hino composto por G. A. Young:

Aos pastos bem verdes, na sombra ou calor, Deus guia seus filhos em paz; às águas tranquilas, de puro frescor, Deus guia seus filhos em paz.

Pelas montanhas ou pelo mar, pela fornalha que vem nos provar, pelas tristezas, mas sempre a cantar, Deus aos seus filhos em paz vai guiar.

Às vezes, ao monte de glória e fulgor Deus guia seus filhos em paz; às vezes, ao vale sombrio de dor, Deus guia seus filhos em paz.

Se mágoas nos cercam e vis tentações, Deus guia seus filhos em paz; e dá-lhes vitórias em mil provações, Deus guia seus filhos em paz.

Dos males da terra que aqui nos detém, Deus guia seus filhos em paz; às glórias eternas do reino de além, Deus guia seus filhos em paz”.[2]

Contudo, “O propósito da graça não se completará enquanto não estivermos na glória, com nosso corpo já transformado. A obra da graça não será completada até ao dia da segunda vinda de Cristo: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fl.1.6). A promessa da graça divina para nos ajudar em cada batalha, a promessa de contínuo sucesso nos conflitos, e, por fim, a vitória final, são suficientes para nos encorajar a todo esforço necessário, mantendo em vista o alto padrão de perfeição.[3] Diante de tudo isto, somos exortados a descansar no poder de Deus, mas não para esquecê-lo, rejeitá-lo, menosprezá-lo ou negligenciá-lo. É incrível, mas parece que somos guiados como burro velho, só aprendemos a confiar inteiramente no Senhor quando Seus chicotes nos acertam... Ufa! Até quando? Quem sabe até chegarmos ao entendimento de que “o nosso socorro vem do Senhor que fez o céu e aterra”, sempre! O problema é que cremos que o socorro vem do Senhor, porém, às vezes pensamos que o socorro parece muito distante, ou mesmo tardio... Mas Deus quer que entendamos que, ainda quando parece que o socorro tarda, ou que só virá por outros meios, Ele é fiel, e sempre o nosso socorro virá dEle.



Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com

[1] Efésios 2.1-10
[2] Hino No 35 HCC
[3] 2 Co 7.1; Fl.2.12b – Dagg, John L. – Manual de Teologia, P.207, 208,210

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