sábado, 15 de dezembro de 2007

Natal, Tempo De Alegria

Conta-nos a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, a maravilhosa experiência dos pastores do campo, conforme Lc 2.8-20. Humanamente falando, não havia ocasião menos favorável para se experimentar alegria do que naquela noite, entre aqueles pobres e rudes trabalhadores do campo. Não havia ambiente favorável, nem clima emocional para regozijo, alegria, louvor e cânticos de júbilo. Positivamente, aqueles homens tinham tudo para se constituírem no próprio retrato da desolação, abatimento, amargura e até ressentimento. Menos para exaltação e alegria. As circunstâncias em que estavam vivendo eram por demais sombrias e desalentadoras. Condições completamente desfavoráveis a comemorações ou quaisquer vestígios de manifestações festivas, alvissareiras. As circunstâncias ambientais, físicas, eram desfavoráveis. Ali estavam os vigias dos rebanhos "pelas vigílias da noite". Era noite. E que noite! A friagem natural, a exaustiva fadiga provocada pela intensa labuta do dia que findara. A falta de alimentação adequada e substancial; a necessidade de se manterem acordados e atentos... eram motivos suficientes para provocar-lhes tensão, preocupações e angústia. Mas o anúncio do nascimento de Jesus, a mensagem da presença divina conosco, transformou completamente as circunstâncias ambientais desfavoráveis numa atmosfera de gozo e paz.

Ao contrário de Judas, que numa noite escura e fria se distanciou definitivamente de Jesus, aqueles homens simples e rudes do campo conheceram a glória celestial numa noite de Natal. E a alegria verdadeira, permanente e profundamente gloriosa, inundou os seus corações. Assim, também, a presença de Jesus no coração humano, ainda hoje, proporciona a verdadeira consolação. Hoje podemos nos alegrar também, ainda que ao nosso redor todas as circunstâncias sejam desfavoráveis. Jesus Cristo é a nossa alegria real e permanente! Sim, podemos, também nós, permitir que o Salvador transforme nossos vales sombrios e nebulosos em momentos de júbilo e adoração.

Jesus é o Maior Milagre para os humildes, para aqueles que reconhecem o Senhor Jesus como Único Senhor e Salvador de suas vidas. De repente, aqueles corações, até então entristecidos e amargurados, foram completamente transformados, pela manifestação da glória de Deus; dando um novo sentido às suas vidas e aformoseando seus semblantes. Como escreveu Salomão: "O coração alegre aformoseia o rosto" (Pv 15.13).

A alegria brotou em suas vidas como uma fonte de água fria. O Natal nos faz pensar nos vários motivos que Deus nos dá para nos regozijarmos. Você também pode começar hoje mesmo a experimentar viver a alegria de Cristo em seu coração. Para tanto, comece a exercitar-se na prática da vida cristã. É tempo de alegria, tempo de festa...
É Natal, os sinos tocam. As vitrinas reluzentes e a magnífica ornamentação da cidade evidenciam a maior festa da cristandade. Os presentes suntuosos são trocados. Compra-se roupas, sapatos, comidas e bebidas. Tudo de alto luxo, quando há recursos suficientes. Mas o Natal de Jesus, do Jesus humilde e pobre, o qual não teve sequer um lugar para nascer... Natal da mansidão, bondade, paz, pureza e compreensão... A paz que os homens almejam, em nome da qual surgem as guerras e pelejas. A paz real, profunda. A paz interior; paz do coração. Essa é a dádiva maior de Deus ao mundo: Jesus. E foi Ele mesmo quem afirmou: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).

Natal de gratidão, louvor e exaltação à majestade celestial... O Natal de Jesus nos faz pensar e dizer como os salmistas: "Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores... "Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade" (Sl 9.1-2; Sl 100.1-5). E o apóstolo Paulo nos conclama a viver com este profundo sentimento de gratidão e adoração ao Senhor, alegrando-nos nEle por tudo, e em tudo: "Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas... Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Fl 3.1; 4.4).
Jesus Cristo nasceu, glória a Deus nas maiores alturas, porque nós também podemos dizer: Não importam as circunstâncias, louvaremos ao Senhor!

As circunstâncias sentimentais também eram desfavoráveis e desalentadoras. Os pastores de Belém de Judá eram homens solitários, sofridos. Viviam distantes dos amigos mais achegados, mais íntimos. Longe da família, do aconchego do lar. Não tinham com quem compartilhar suas emoções, sentimentos, frustrações, esperanças, temores e rancores. Era noite. Que noite aquela! Não havia companheirismo, festa, comida nem bebidas. Apenas o vento gélido e o balido das ovelhas do campo. Desconforto físico e emocional. Não havia razão para sorrir, cantar e regozijar-se. Lágrimas e nada mais. Eles estavam longe do convívio social e cultural, longe do calor humano. Mas eis que "a glória do Senhor os cercou de resplendor". Então ouviram as "novas de grande alegria": Nasceu o Redentor! Jesus chegou! O céu se abriu. É Natal! A tristeza e o abandono dá lugar ao louvor e adoração: Nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor!! Natal de pés descalços, rostos macilentos, tristes, cansados e sobrecarregados, transformou-se em momento de grande júbilo, porque Jesus nasceu. Grande alegria inundou os corações! Aleluia!

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