quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

NATAL, TEMPO DE CANTAR

Convivendo com os adolescentes entre o povo de Deus, o Senhor tem me falado que alguém pode passar pela adolescência sem se tornarem ABORRECENTES. Podem produzir bons frutos, podem honrar, adorar e glorificar a Deus com sua simplicidade, jovialidade, com os dons espirituais que Deus lhes têm concedido. Deus falou-me através dos jovens na peça “O Natal no Sítio do Pica Pau Amarelo”. Falou-me através do coral da Igreja e através de vários irmãos e irmãs na Festa dos Talentos, através do coral infantil, através dos adolescentes, jovens e adultos.

No meu contato com os pequeninos, aprendi que podemos ser dóceis e amáveis até com pessoas mais velhas, ou chatas. Elas poderiam ter assim me considerado, embora eu não me sinta dessa forma. Mas as pessoas com quem eu convivo também não se consideram dessa forma, embora eu as vezes possa tê-las tratado assim... Aprendi com essas crianças que podemos ser amigos até de quem não conhecemos e não temos muita confiança. Podemos nos divertir juntos, ainda que haja uma grande diferença de idade, ou qualquer outro tipo de diferença, opiniões, crenças e até de preferências esportivas diversificadas...
Porém, aprouve ao Senhor falar-me de uma forma especial através de um menino especial, Gustavo. Ele tinha, na época, seis anos; cego e com sérios problemas neurológicos. Mas ele gosta de participar dos louvores da igreja, especialmente quando minha filha, Vanice, dirige o coral infantil. Na programação de Natal apresentada pelas crianças (Igreja Batista Pioneira de Camaquã – RS), Gustavo emocionou a todos os presentes naquele culto.
Como não consegue falar, ele se expressa pulando e vibrando enquanto os demais cantam. Um perfeito louvor ao Senhor!

_ Gustavo, você ensinou-me muito a respeito do verdadeiro louvor e adoração a Deus! Tenho absoluta certeza de que muitos ainda serão desafiados e encorajados a louvar a Deus em quaisquer circunstâncias, tendo Gustavo como exemplo e referência. Um dia desses, antes do culto, quando fui cumprimentar e abraçar o Gustavo, fiquei profundamente emocionado pela maneira como ele demonstrou sua amizade e carinho para comigo. Ele segurou-me pela mão e puxou-me para caminhar ao seu lado. Senti como se ele estivesse dizendo que aceitava minha amizade e companheirismo. Era como se ele estivesse selando a nossa amizade com aquele gesto.

Aprendi com ele que amizade se faz com afeto e não apenas com palavras. Mas, principalmente, eu aprendi com ele a glorificar a Deus “com todo o ser”, como cantamos. Ele se alegra no Senhor quando tantos estão vivendo a reclamar e resmungar pela sua “triste sorte”; quando muitas vezes estamos “chorando de barriga cheia”. Temos todas as condições para render graças ao Senhor e ficamos reclamando por causa dos detalhes de percurso. Agimos como o estudante que, ao invés de se alegrar com um 9,5, fica se lamentando pelos pontinhos não conquistados. Não se alegra pelo que conquistou, não agradece a Deus pela capacidade que lhe deu, pela conquista alcançada. Assim, perde o tempo do regozijo da alegria em lamentações e reclamações pelo que não conseguiu.

_ Irmão, não fale para seus filhos que eles serão felizes quando conseguirem alguma coisa material, ou que são felizes porque têm. Mas que são felizes, bem-aventurados, porque choram, porque são humildes de coração, porque são pobres de espírito, porque têm fome e sede de Justiça, porque são mansos, porque são pacificadores, porque são misericordiosos, e, principalmente, quando sofrem e são perseguidos por causa da justiça! Digam para seus filhos que ostras feridas que sofrem, choram e têm problemas, também podem ser ostras felizes. E que ostras felizes também produzem PÉROLAS DE GRANDE VALOR!
_ Cantem e contem que Deus ainda fala hoje através de ostras feridas felizes, como eu e você!Os pastores do campo nos dias do nascimento de Jesus também eram ostras feridas, no meio do nada. Mas Deus se agradou em revelar-Se primeiramente a eles, ostras feridas. Deus se agradou em falar-lhes ao coração de forma majestosa e sublime, revelando a Sua glória celestial. Mas eles não se contiveram em sua alegria, não ficaram parados com suas próprias cogitações. Saíram apressadamente para adorarem a Jesus. E depois de tê-Lo visto e adorado, saíram saltitantes, exultantes, louvando a Deus e compartilhando com amigos, vizinhos e parentes tudo quanto Deus lhes tinham revelado.

_ Contem e cantem pra eles a história desta ostra ferida feliz, chamada GUSTAVO! Mas, acima de tudo, cantem e contem pra eles a linda história daquele que foi a nossa ostra ferida feliz suprema, chamado JESUS CRISTO, o Filho do Deus vivo! Contem pra eles que a nossa ostra maior, foi ferida e moída na cruz por causa dos nossos pecados! Contem que a nossa ostra ferida ressuscitou, assim como nós também haveremos de ressuscitar, e assim, Ele tornou-se a nossa ostra feliz, reproduzindo pérolas de grande valor! Aleluia. Amém!

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