É com
muita tristeza que afirmamos que há membros de nossas igrejas, inclusive
líderes e pastores, que são inimigos da obra missionária. Pessoas que acham que
o empreendimento missionário não é necessário e que precisamos investir em
templos mais confortáveis, em melhores remunerações ministeriais e aquisição de
sons e outros instrumentos para turbinarem os cultos. Estão mais preocupados
com o intramuros do que com o extramuros. Há também um movimento
dentro das igrejas batistas voltado para Jerusalém e se esquecendo da Judéia,
Samaria e dos confins da terra. Esses membros e líderes de Igreja têm uma visão
tacanha, distorcida e altamente nociva à missão deixada por Jesus (Mt 28.18-20;
At 1.8). As posturas dos inimigos da obra missionária não têm base bíblica.
Vejamos pelo menos quatro traços muito nítidos que os revelam contrários ao
imperativo missionário.
Primeiro, eles não oram. Pelo fato de serem contra a tarefa
missionária deixada por Jesus, não intercedem pela obra, pelos obreiros, pelos
estados do Brasil e países onde a Igreja está pregando o evangelho. Essa gente
não gosta de oração comprometida (Ef 6.18-20). Não dependem de Deus. Não tem
nenhum compromisso com o ministrar diante do Senhor. Não intercedem pelos
líderes da obra missionária. Não agonizam diante de Deus. Eles são do movimento
gospel, das emoções exacerbadas, da busca de conforto e shows dentro dos
templos. Promovem uma ética relativa. O movimento do som alto onde não há o
silêncio para se ouvir a voz de Deus. Não há temor e nem tremor diante de Deus.
Segundo, eles são críticos ácidos, agindo negativa e destrutivamente. Há críticas em
relação às campanhas, ao testemunho dos missionários, à solicitação de
investimentos. Os inimigos da obra de missões proferem palavras maldosas em
relação às juntas missionárias, em relação aos salários dos executivos e dos
próprios missionários, seus carros e outros benefícios. Essa gente não gosta de
campanha missionária. Há pastores que fomentam discórdia em relação ao trabalho
da Grande Comissão ordenada por Jesus. Não ensinam, não dão exemplo e não
estimulam os crentes na visão e no comprometimento missionário.
Terceiro, eles não dão um tostão para que o evangelho seja
anunciado a partir da igreja local. Geralmente eles não entendem de mordomia, de
liberalidade, da graça de dar, de ofertar com amor. São pessoas altamente apegadas
ao dinheiro, sovinas, avarentas. Muitas não entregam o dízimo. Não crêem que
Deus supre todas as necessidades (Fil 4.10-20). São parasitas que sugam o
sangue da Igreja. Elas se esquecem de que foram homens e mulheres de dentro e
de fora do nosso amado Brasil que lhes falaram do evangelho de Cristo e que a
Palavra de Deus chegou até nós porque igrejas de outros países investiram em
missões, especialmente a Inglaterra e os Estados Unidos da América.
Quarto, eles não estão interessados em
trabalhar no front, na linha de
frente.
Não testemunham do evangelho de Cristo perante colegas de trabalho, vizinhos,
colegas de escola. São religiosos que freqüentam uma organização e não um
organismo. São sócios de uma agremiação religiosa. Defendem a bandeira do exclusivismo
da igreja local. Não têm uma visão global. Não
pensam globalmente e nem agem localmente de acordo com os ensinos de Jesus. São
os judaizantes pós-modernos, ou seja,
que vivem uma religião voltada para a busca de sinais e prosperidade. Estão
mais interessados no exterior , na aparência do que no interior, no coração.
Vivem com base numa doutrina larga e rasa.
É
muito triste sabermos que há dentro de nossas igrejas os inimigos da expansão
missionária, do crescimento do Reino de Deus. Essa gente precisa nascer de
novo, ter uma experiência de crucificação, morte e ressurreição com Cristo (Rm
6.1 -11; Gl 2.19,20). Esta experiência levará essas pessoas a terem a visão de
Cristo, a visão dos povos dentro e fora do Brasil que estão nas trevas e que
precisam da luz do Salvador. Oremos, invistamos com amor e trabalhemos com
dedicação e zelo na obra missionária. A Igreja será edificada, os perdidos
serão alcançados e a glória do Senhor será manifestada!
Oswaldo Luiz Gomes Jacob, pastor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário