Vale a pena
considerarmos ainda as palavras do Dr. Martyn Lloyd-Jones:
“Vemos nossa necessidade de humilhação? Vemo-la como membros da Igreja
Cristã? Estamos às voltas com uma situação mundial em que não sabemos o que vai
acontecer? Haverá outra guerra? Se nossa atitude ainda é a de "Por que
Deus permite isso?", "Que fizemos nós para merecer estas
coisas?", está claro que não aprendemos a lição que Habacuque aprendeu.
Tem a Igreja Cristã, compreendido que sua presente condição e muito do seu
sofrimento podem ser o castigo do Senhor pela infidelidade e apostasia em que
ela tem caído com frequência?
Durante um século a Igreja, falando em sentido
geral, vem negando o sobrenatural e o miraculoso, pondo em dúvida a própria
divindade de Cristo e exaltando a filosofia sobre a revelação. Tem a Igreja,
portanto, motivos para queixar-se se passa por momentos difíceis? Tem-se
humilhado ela com pano de saco e com cinzas? Tem ela reconhecido e confessado
seus pecados?
Tem o mundo como um todo qualquer direito de queixar-se? A
despeito dos juízos de Deus sobre nós, tem havido um comportamento de
humildade? Há espírito de arrependimento? Se há, onde está ele?
Ouve-se dizer com frequência que "a Igreja Cristã não é
perfeita, mas vejam o comunismo; a Igreja não é tudo aquilo que deveria ser,
mas olhem para aquilo!" Não veem, portanto, a necessidade de
humilhação. Não há nada que fazer senão humilhar-nos na presença de Deus. Nossa
preocupação deve ser com a santidade de Deus e com o pecado do homem —
encontre-se ele na Igreja, no Estado, ou no mundo... Minha primeira pergunta
deve ser: Que dizer de mim mesmo?
O fato de haver outros piores do que eu, significa que estou certo? Não, se
considerarmos como Daniel ou Habacuque viam o problema! Todos nós, à semelhança
de Habacuque, devemos confessar a Deus: "Temos pecado contra ti, e não
temos direito algum de pleitear qualquer abrandamento da sentença em tua santa
presença." É dessa humilhação na presença de Deus que precisamos
desesperadamente”.
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