sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ALEGRIA DO SENHOR, OU DO TENTADOR?

Quando não desfrutamos da alegria do Senhor, tendemos a procurar a alegria do tentador. Não nos aquecendo suficientemente ao gozo celestial, contentamo-nos com o engano do “gozo” infernal.

Pedro havia presenciado o milagre dos pães e tantos outros milagres efetuados por Jesus, muitos dos quais nem foram relatados pelos evangelistas, como escreveu João: “Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” ([1]). Não conseguia entender suficientemente que aquilo que havia ocorrido antes não foram atos isolados. O que ele não percebia é que o poder de Jesus não se esgotara com os milagres passados. O Senhor continua sendo o mesmo, ontem, hoje e eternamente.

Nem mesmo a cruz significa ausência de poder. Ele não conseguia associar os fatos que, em havendo falta da provisão para o alimento físico, moral e espiritual, o mesmo Senhor dos milagres anteriores estaria presente, suprindo o necessário. Havendo alguma carência, o mesmo poder estaria disponível para todos os que crêem e o buscam com fé. Apenas alguns dias e já se esquecera de que o mesmo Senhor que provera os recursos anteriores poderia continuar a suprir-lhe outras tantas vezes.

Acovardado, tornou-se insensível, cauterizado, frio e traidor. Foi, estão, que aquela bela jovem desmascarou-o completamente ao questionar: “Você estava com Jesus, o nazareno.” Então, Pedro O negou veementemente: “Eu não sei o que você está dizendo!” E logo depois, quando saiu para um canto do pátio, o galo cantou. A princípio nem pensou no que Jesus havia dito anteriormente. Saindo do meio deles pensava ser esquecido, “deixado em paz...” Porém, aquela criada ficou no seu pé, e começou a dizer abertamente aos outros: “Está ali! Está ali aquele discípulo de Jesus!”

E Pedro continuou negando: “Você não sabe o que está dizendo, há muitos forasteiros por esta cidade, não chateia!...” Um pouco mais tarde outros que estavam ao redor da fogueira começaram a dizer-lhe: “Você também é um deles, porque é da Galiléia!” Não percebendo que sua própria fala o denunciava, Pedro começou a praguejar e a jurar: “Eu não sei nem quem é esse sujeito de quem vocês estão falando!” Então, imediatamente o galo cantou a segunda vez. Subitamente as palavras de Jesus martelaram em sua mente: “Antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes” ([2]). Então, Pedro começou a chorar copiosamente. Ah, Senhor, que vergonha! Que lástima! Como somos tão ingratos, tão covardes, tão traidores! Como podemos negar e fugir do Teu olhar e do Teu amor?!

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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[1] Jo 20.30-31
[2] Mc 14.67-72 – NT VIVO

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