Quando não desfrutamos da alegria do Senhor, tendemos a procurar a alegria do tentador. Não nos aquecendo suficientemente ao gozo celestial, contentamo-nos com o engano do “gozo” infernal. 
Pedro havia presenciado o milagre dos pães e tantos outros milagres efetuados por Jesus, muitos dos quais nem foram relatados pelos evangelistas, como escreveu João:  “Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda  muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus  é o Cristo, o filho de Deus, e para  que, crendo, tenhais vida em seu nome” ([1]). Não conseguia  entender suficientemente que  aquilo que havia ocorrido antes não foram atos isolados. O que  ele não percebia é que o poder de Jesus não se  esgotara com os milagres passados. O Senhor continua sendo o mesmo, ontem, hoje e eternamente.
Nem mesmo a cruz significa ausência de poder. Ele não conseguia associar os fatos que, em havendo falta  da provisão  para o alimento físico, moral e espiritual, o mesmo Senhor dos  milagres anteriores estaria presente, suprindo o necessário. Havendo alguma carência, o mesmo poder estaria disponível para todos os que  crêem  e o buscam com fé. Apenas alguns dias  e já se esquecera de que o mesmo Senhor  que provera os recursos  anteriores poderia continuar a suprir-lhe outras tantas vezes.
Acovardado, tornou-se insensível, cauterizado, frio e traidor. Foi, estão,  que aquela bela jovem desmascarou-o completamente ao questionar:  “Você estava com Jesus, o nazareno.” Então, Pedro O  negou veementemente:  “Eu não sei o que você está dizendo!”  E logo depois, quando saiu para um canto do pátio, o galo cantou.  A princípio  nem pensou no que Jesus havia dito anteriormente.  Saindo do meio deles pensava ser  esquecido, “deixado em paz...”  Porém,  aquela criada ficou no  seu pé, e começou a dizer abertamente aos outros:  “Está ali! Está ali aquele discípulo de Jesus!” 
E Pedro continuou  negando:   “Você não sabe o que está dizendo, há muitos forasteiros  por esta cidade, não chateia!...”  Um pouco mais tarde outros que estavam ao redor da fogueira começaram a dizer-lhe:   “Você também é um deles, porque é da  Galiléia!” Não percebendo que sua  própria  fala o  denunciava, Pedro começou  a praguejar e a jurar:  “Eu não sei nem quem é esse sujeito de quem vocês  estão falando!”  Então, imediatamente o galo cantou a segunda vez. Subitamente as palavras de Jesus martelaram em sua mente:  “Antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes” ([2]).  Então, Pedro começou  a chorar copiosamente.  Ah, Senhor, que vergonha! Que lástima! Como somos tão ingratos, tão covardes, tão traidores! Como podemos negar e fugir do Teu olhar e do Teu amor?!  
Pr. Vanderlei Faria
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[1] Jo 20.30-31
[2] Mc 14.67-72 –  NT VIVO
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