quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A LUZ QUE DISSIPA AS TREVAS

“Eis que as trevas cobrem a terra e a escuridão os povos”. (Isaías 60:2). Apesar desta afirmação ter sido escrita há mais de 1500 anos atrás, é completamente pertinente ao nosso contexto atual. Torna-se cada vez mais comum as evidências de uma contundente falência moral que acomete a sociedade moderna. Além da violência nua e crua que amedronta e nos faz reféns de fortes esquemas de segurança, da imensurável corrupção existente no âmbito político e das guerras étnico-religiosas que ribombam no oriente médio, a moralidade comportamental do indivíduo está cada vez mais comprometida e, porque não dizer, arruinada.

Neste tenebroso emaranhado, vemos, como consequência da disseminação de uma liberdade sagaz e enganosa, o exorbitante e crescente índice de adolescentes grávidas, da proliferação da Aids e de uma pedagogia nefasta que visa a sumária imposição de determinados comportamentos, principalmente ao público infanto-juvenil. Neste processo, um dos fatores motriz é a decomposição familiar. Sou próximo a pessoas que trabalham com menores infratores e, por isso, tenho conhecimento de alguns casos específicos. É impressionante o papel que o descompasso e a defasagem nas famílias exercem na realidade da grande maioria.

Todavia, militar pela manutenção da ‘célula-mater’ da sociedade, a soberana instituição chamada família, torna-se, com o passar do tempo, um ideal cada vez mais perigoso e que expõe o indivíduo a todo tipo de catarse moral. Tal militância, que se manifesta de forma pacífica e apenas no campo da exposição de ideais e argumentos, não visa, de maneira nenhuma, depreciar o ser humano. Nem tampouco fomentar qualquer tipo de intolerância…

Como um genuíno seguidor de Jesus, o Cristo, procuro seguir (apesar de minhas imensuráveis falhas) atentamente, e na íntegra, os passos do Mestre. Por isso, amo e aceito as pessoas, independente da classe social, sexual, étnica ou religiosa ao qual pertençam. Contudo, isso não significa a plena concordância com seus ideais e suas condutas. Semelhantemente a um pai que, apesar de amar incondicionalmente seu filho, não consentirá com atitudes contrárias aos seus ensinamentos, ministrados para seu próprio bem. Além disso, oro pelos que têm me perseguido, em consonância com o ensino de Jesus registrado em Seu sermão da montanha (Evangelho segundo Mateus 5:44).

Entretanto, por usar o direito que possuo como cidadão de expor minhas convicções em relação á determinadas orientações pedagógicas e comportamentais, tenho sido alvo de uma tempestuosa chuva de ofensas e ameaças. Por me opor, repito, pacificamente, utilizando-me de raciocínios meramente argumentativos á condutas e ideais que ferem de forma contundente os princípios imutáveis da Palavra de Deus (e não de uma mera religião) e também dos que sustentam a moralidade sã (sériamente comprometida) , tenho sido protagonista de uma espécie de “malhação do Judas” em véspera de Páscoa…

Será que afirmar a verdade mais que comprovada de que uma criança não possui capacidade de escolher a conduta a seguir é ser preconceituoso ou, em alguns casos, homofóbico? Por me opor á militância que visa doutrinar crianças, desde a tenra idade, a um determinado comportamento contrário ao que acredito ser o fundamento salutar para a sublime formação moral de um cidadão, tenho sido colocado por alguns no banco dos réus.

Contudo, tudo isso é o cumprimento da profecia declarada por Jesus que diz “Bem-aventurado serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês”. (Evangelho segundo Mateus 5:11 – NVI). No entanto, como efeito colateral deste advento, continuarei a observar o mandamento do Mestre que diz “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que vos perseguem” (Evangelho segundo Mateus 5:44).

Sem, é claro, deixar de ser instrumento para o cumprimento de outra profecia que diz “levanta-te, resplandece, pois a Glória do Senhor vai nascendo sobre ti”. (Isaías 60:1). Ou seja, em meio á sociedade que padece nas densas trevas citadas nesta breve reflexão.

Matheus Viana

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