Não existe distância  demasiada para Deus. Não existe distância que não possa ser rompida pelo amor de Jesus por nós. Há um adágio popular que diz assim: “O longe só é longe até se chegar lá”. 
O sentimento de se estar longe, afastado de Jesus, só persiste no coração humano até quando se  achega ao Salvador Jesus Cristo. Então o longe se desfaz. Quando Pedro voltou seu olhar para Jesus, pôde assimilar perfeitamente essa sublime verdade. Literalmente, foi atraído pelo Seu  maravilhoso olhar. No silêncio e solidão do seu atribulado coração, lembrou-se da  Palavra  do Senhor ([1]).
Certamente, lembrou-se da parábola do Filho Pródigo, contada por Jesus. Principalmente pelo texto que diz:   “Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de  compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou” ([2]).  Aquele filho ingrato deparou-se com um pai amoroso e  receptivo, o qual contemplava-o ainda  estando longe ([3]).
Esta é a mais linda história de amor que o mundo jamais  conheceu profundamente. É a história do amor de Deus  por nós.
Quando o galo cantou,  recordou-se    que as palavras pronunciadas por Jesus,  bem antes de seu fracasso, representavam a antecipação do grande  amor de Deus  por ele, procurando advertir-lhe, e  orando por ele:  “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu  para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti,  para que a tua fé não desfaleça...  Digo-te, Pedro, que  não cantará o galo hoje antes que três vezes tenhas negado que me conheces” ([4]).
O galo cantou também em sua consciência, até então cauterizada. Sim, Jesus Se antecipa com Seu  amor, e nos repreende com dulçor: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és  repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama..." ([5]).
Certamente Pedro lembrou-se destas palavras, as  quais se encaixavam perfeitamente com a sua vida. Agora estava se  apropriando dessas promessas. Assim, agarrou-se à certeza de que estivera sempre guardado nas mãos do Senhor, como Ele mesmo havia garantido:  “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; eu dou-lhes a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é  maior  do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um” ([6]).
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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[1] 2 Cr 16.9; Sl 11.4; Pv 15.3
[2] Lc 15.20
[3] 1 Jo 4.19
[4] Lc 22.31-34
[5] Jr 31.3,13b,14b; Hb 12.5-6;  Ap 3.19
[6] Jo 10.27-30
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