Quando o Brasil participa de algum tipo de disputa esportiva é  comum nos  reunirmos para celebrarmos as vitórias. Na verdade, de quatro em quatro anos o  Brasil pára completamente para celebrarmos juntos as vitórias de nossa  seleção de futebol, com muita alegria.
Mas como nos  alegrar,  se não vai bem o relacionamento familiar?  Se o marido chega  bêbado todas as noites, tendo gasto  o sustento da família?  Se a esposa não corresponde nas  expectativas sentimentais e emocionais? Se o coração  se inclina de maneira irresistível  para o pecado da cobiça?  Enfim,  se o pensamento foge e nos leva a viver fora da realidade cristã que desejamos?
Antes de mais nada é bom lembrar que a Bíblia não nos ensina a divertir e festejar para fugirmos da tristeza. Ou, que procuremos algum  tipo de efeito psicológico que nos proporcione um devaneio mental. Não nos sugere que a alegria cristã seja algo apenas emocional, social, carnal. Ela não propõe  que os crentes devam  promover eventos  que  causem alegria aos seus participantes; algo engraçado, descontraído, que cause  risos, uma alegria  por algo que satisfaça  o nosso ego, ou que  diminua a nossa dor. Nem mesmo sugere que promovamos eventos culturais ou sociais para criarmos ambiente  propício para haver  alegria na igreja.
Como alcançar essa alegria, quando  isso  nos parece algo  tão fora  de nossa realidade e possibilidade?
A história do  evangelho começa,[1]  continua[2]   e há de terminar,[3] com alegria. A primeira característica da  mensagem cristã é levar os homens a entristecer-se pelos seus pecados, e, consequentemente, levá-los ao arrependimento.
E uma das principais evidências da conversão a Cristo é a alegria da salvação. E este é, sem dúvida alguma, um dos principais objetivos da pregação cristã:  proporcionar a alegria verdadeira aos homens. A alegria da comunhão com Deus  Pai através do Senhor Jesus Cristo.  A alegria que o Senhor nos promete não é algo comum.
A Bíblia fala da verdadeira alegria prometida aos filhos de Deus.[4]  Sempre que pensamos no céu há grande alegria.  Jesus prometeu-nos alegria plena, completa.[5] 
O  Salmo 126 nos lembra de que temos a garantia do Reino onde jamais haverá tristeza pelos sofrimentos. No deserto as sandálias não se gastaram, mas as pessoas sim. No céu não haverá envelhecimento. Sem dúvida alguma, temos diversos motivos de oração de gratidão a Deus por todos aqueles que nos acompanham nas lutas e nas alegrias do ministério cristão. Além disso, quando refletimos um pouco, encontramos diversos motivos para nos colocar diante de Deus em oração de regozijo e gratidão, dizendo como o   salmista: "Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores..." (Sl 9.1-2).
No Salmo 126  o salmista expressa uma profunda alegria  experimentada pelo povo de Israel pela graça de Deus em conduzi-los  de volta  à sua pátria  amada, depois dos longos anos  de sofrimento  no exílio babilônico. E é desse tipo de alegria que precisamos  pedir que o Senhor nos proporcione: “Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo... Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres” ([6]).
Enquanto concentramos nosso pensamento nas circunstâncias, ou nas pessoas que nos rodeiam, sentimo-nos completamente desamparados e tristes. Mas quando levantamos os nossos olhos para Aquele que nos dá esperança, então somos encorajados a deixar o pecado e  firmar a nossa fé em Cristo Jesus. Apenas nEle encontramos esperança para a nossa alma aflita e angustiada. 
Portanto, ainda que o diabo e seus anjos nos atormentem, desabando sobre nós todo tipo de perseguições, críticas e zombarias à nossa piedade cristã e fidelidade ao Senhor em tempos de aflição, temos  A MAIOR VITÓRIA DO MUNDO: JESUS CRISTO, O SENHOR. Quando tudo ao nosso redor estiver indo de mal a pior, quando as sombras da morte nos deixarem perplexos e confusos, pensemos  nas santas palavras de nosso Senhor e Mestre: Não temais!  Estou convosco todos os dias! Lembremo-nos de que Ele também enfrentou as afrontas do inferno e venceu para nos dar a vitória.  Que Ele, portanto, nos abençoe.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Mt 2.10; Lc 1.28
[2] Mt 28.9; Lc 24.41; Jo 20.20
[3] Rm 12.12
[4] Sl 45:6-7; Rm 12:12,15; 14:17-18; 15:4,13; Hb 1:9; 1 Pe 4:12-13; Jd 1:24-25
[5] Jo 16.20-24).
[6] Sl 126.2a, 3
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