Deus quer que eu e você  experimentemos a graça de vivermos  pela fé em Cristo Jesus. Ou seja, quando perseveramos em oração, estamos dizendo ao Senhor que  cremos em Sua Palavra. Dessa forma talvez possamos contribuir para a edificação e salvação de pessoas queridas, as quais de outra forma não seriam atingidas em sua sensibilidade. Além disso,  precisamos  saber que o nosso sofrimento está estimulando alguém a orar e a falar sobre o evangelho de Cristo. Somente quando conseguimos aplicar os princípios, as lições bíblicas à nossa vida é que  entendemos de fato a Palavra de Deus.
Essa é a fé dos   bastidores, quando homens e mulheres de Deus  saem  por esse mundo a fora “andando e chorando”, enquanto semeiam a semente  santa do genuíno evangelho de Cristo e o poder que “se aperfeiçoa na fraqueza”. Esse é o tipo de fé  que persevera, a despeito do sofrimento, e não pelo fato de apresentar muitas bênçãos e curas físicas.
Sim, esse é o tipo de fé que mantém firme os cristãos pertencentes à igreja perseguida, a qual subsiste, literalmente, no submundo social em muitos países  do mundo. Cristãos anônimos e, muitas vezes, agonizantes devido às afrontas, escárnios,  zombaria e todo tipo de “espinhos na carne”, por amor a Cristo. Positivamente, essa fé incomoda a religião de shows, não faz o gosto da maioria, não produz adeptos interesseiros, não agrada aos admiradores dos shows da fé.
Essa é a fé autêntica  dos bastidores do cristianismo popular. É a fé  daqueles que, a despeito da humilhação que o próprio Deus lhes permite suportar, são fortalecidos sobremaneira, a ponto de até mesmo sentirem alegria e contentamento nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições e angústias. Esta é a fé no Autor da fé, o qual nasceu numa estrebaria, completamente distante e alheio aos holofotes e badalações  da mídia religiosa; o qual  viveu a maior parte  de Sua vida em completo anonimato e morreu longe  dos aplausos e honrarias populares.
A única vez que foi aclamado pela multidão (Lc 19.28-40), foi motivo de censura  e perseguição da parte dos religiosos de Seu tempo. Mas o Senhor não Se  intimidou por suas críticas e ameaças, como também não Se deixou envolver com os aplausos populares. Ao contrário, diz a Bíblia que Jesus chorou ao chegar á cidade de Jerusalém e proferiu  uma pungente  profecia sobre  ela (v.41-44).
No deserto, uma das tentações do diabo ao Senhor Jesus foi exatamente sobre a possibilidade de produzir um show especial a fim de  divulgar a  Sua  pessoa e obra: “Se és Filho  de Deus, atira-te abaixo” (Mt 4.6). Sem dúvida essa seria uma excelente jogada de marketing, elaborada pelo maior estrategista de shows da fé.
Porém, Jesus  mostrou que Sua  obra e missão era e é de outra categoria: a excelência da glória de Deus. O Seu reino não é deste mundo, a Sua glória é celestial, e não humana. Ele não precisa  dar show  para atrair pecadores a Si, tampouco deseja o nosso elogio. Apenas a nossa sincera adoração. Para isto foi  à cruz, verteu Seu sangue precioso, “o qual foi entregue por causa  das nossas  transgressões e ressuscitou  por causa da nossa  justificação” (Rm 4.25). Esta é a vitória da cruz!
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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