domingo, 20 de junho de 2010

UNIDADE NA DIVERSIDADE

“Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” (Fl 2:1-4).

“Tenhais o mesmo amor uns pelos outros...” (v.2) – Sejais unidos de alma – uma alma – pleno acordo, atitudes harmoniosas, com harmonia de alma, compartilhando o mesmo sentimento. Sem partidarismo (eritheia) – espírito litigioso, ambição egoísta, como em Rm 12.10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”.

Precisamos eliminar o egoísmo e a vanglória, absorvendo a mente de Cristo. Todos os grandes homens de Deus foram pessoas dominadas por um sentimento de profunda indignidade e incapacidade para desempenhar algo para Deus. Ex. Jeremias: “Sou uma criança...”; João Batista: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua...”

O cristão não procura a sua própria glória e exibição pessoal, mas a sua desaparição... Não deseja que as outras pessoas se centralizem nele, mas em Deus. O personalismo humano busca seu próprio engrandecimento, sua própria honra. Daí o grande crescimento das seitas em torno de pessoas. É o personalismo materialista, carnal.

Tende em vós (entre vós) o mesmo sentimento – V.5a – é tanto um apelo no sentido de que se adotem uma atitude correta, como uma exortação para que tal atitude seja posta em prática. Tende a mentalidade, a disposição, o pensamento de Cristo! Autoritarismo e intolerância promovem desunião e quebra da unidade cristã. Paulo estava procurando fortalecer a igreja contra os ataques exteriores (1.28).

Agora, porém, ele volta sua atenção para a situação da igreja como família de crentes. Ele convida os crentes a examinarem a vida que compartilham dentro da igreja... O perigo que estava ameaçando a igreja de Filipos era a desunião. Em certo sentido é o perigo que toda igreja enfrenta.

Quanto maior é o entusiasmo tanto maior o perigo de colisão. Daí porque precisamos agir visando o bem comum. Todas as nossas ações precisam ser altruístas, feitas com a intenção de beneficiar a todos. Nosso principal adversário é o nosso velho EGO... Que vontade temos de sair por cima, aparecer!

Alegramo-nos com a unidade, desde que EU seja MAIS... Pense como você se sente quando é desprezado um pouco, quando é rebaixado... O fato de participarmos do Espírito Santo deve impedir a desunião dos cristãos. O fato de estarmos em Cristo deve nos manter em unidade fraternal...



Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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