quarta-feira, 2 de junho de 2010

A VITÓRIA DA CRUZ

Jesus estava experimentando o sacrifício da cruz. As dores físicas e emocionais eram por demais dolorosas e cruéis. A multidão e a religião O agrediam física, emocional e moralmente.

A impiedade humana se apresentava de forma avassaladora e vil descarregando sobre o Santo de Deus como que uma avalanche de agressividade; demonstrando, assim, toda a ignorância e cegueira espiritual da raça humana.

Na cruz o Filho de Deus vertia Seu sangue puro e santo, sentia a dor da solidão e do abandono de Seus amigos e parentes, e, sobretudo, o abandono do Pai. Sua alma sangrava tanto quanto o Seu corpo, ferido pelos nossos pecados.

E no auge de sua agonia e dor, o diabo colocou na boca daquela turba ignorante e cega espiritualmente as palavras de escárnio e zombaria, relatadas por Mateus (27.39-44). Entre tantas ofensas dirigidas ao Cordeiro de Deus, saltam aos nossos olhos estas palavras: “Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus” (Mt 27.43).

Hoje, quando sinto n’alma o sussurrar do inferno a zombar de minha fé e confiança no Senhor em tempos de crise, tristeza e solidão; sou encorajado pelo silêncio de meu Senhor na cruz diante do escárnio e zombaria de uma multidão ignorante e má. Mas, sobretudo, sou encorajado pela vitória da cruz: a ressurreição e aparição do Senhor ressurreto.

O diabo continua sussurrando aos nossos ouvidos, de uma forma velada ou claramente, através dos lábios de parentes, amigos e inimigos, declarados ou não; no dia da angústia e depressão, em momentos de penumbra e solidão; essas palavras inspiradas no mais profundo do inferno. Para nos fazer sentir derrotados, vencidos e completamente frustrados com Deus e com o fato de termos a Ele confiado os nossos dias e vida. São aqueles momentos desalentadores, sombrios, quando tudo e todos ao nosso redor parecem conspirar contra nós.

Quando tudo de mal parece convergir sobre nossa cabeça. Nada dá certo. Nossas finanças ficam abaladas, a saúde definha, os amigos desaparecem, se esquecem de nós (até porque eles também estão enfrentando situações semelhantes)... Somos alvo de críticas, perseguições, incompreensões e zombaria. A morte se nos apresenta inexorável e maquiavélica. O mundo se alegra ao nosso redor, zombando de nossa fé, de nossa piedade e confiança no Senhor, enquanto nós choramos e gememos (“Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria”)[1]).

Ao nosso redor, bem próximo de nós, sentimos como se fora o próprio hálito de Satanás a nos dizer essas palavras: “Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus”.

Mas, assim como as mulheres que foram ao sepulcro naquela manhã de domingo e ouviram da boca do Senhor ressurreto aquelas palavras de consolação e conforto – NÃO TEMAIS! –; assim, também nós, somos confortados e encorajados com essas palavras do Filho de Deus em tais circunstâncias.

A presença de Jesus conosco e em nós, traz-nos consolo, paz, alegria e esperança eterna. Sim, prezado irmão, Deus quer renovar a nossa esperança hoje também!

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Jo 16.20

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