Considerando ainda a história da mulher que ungiu o Senhor Jesus com um “precioso bálsamo”, pensemos em na segunda lição que os textos nos sugerem.
Em segundo lugar, ela ofereceu o melhor, deu o melhor que pôde para Deus.
Jesus reconheceu aquela atitude como um gesto de amor e gratidão a Ele: “Ela praticou boa ação para comigo.” Ou seja, ela adorou ao Senhor de maneira agradável a Ele. Porque o fez com amor e dedicação. Ela não considerou o gasto, ou o custo de seu oferecimento, de sua homenagem a Jesus, como se fora algo excessivamente extravagante ou como um desperdício, como foi criticada. Porque para ela nada seria demasiado para expressar sua gratidão e adoração ao Senhor. Mas Jesus deixou claro que ela não estava desprezando os pobres ao prestar aquele culto reverente e contrito a Ele: “porque os pobres, sempre os tendes convosco”.
O texto não entra em detalhes sobre como aquela mulher conseguiu pagar o alto preço daquele perfume tão raro e precioso. Não sabemos se ela possuía muitos bens materiais, ou se ajuntara durante muito tempo a quantia suficiente para tal oferecimento; ou para tal “desperdício”, conforme a visão dos seus críticos. Marcos escreveu assim as palavras de Jesus: “Ela fez o que pôde” (Mc 14.8).
Há pouco tempo uma senhora de cerca de 98 anos foi ao Programa do Jô. Ela trabalha todos os dias prestando ajuda aos “velhinhos” de um asilo – todos mais novos que ela. Uma mulher vibrante, lúcida e ativa... Aquela senhora idosa não tem outra motivação para se manter ativa que não seja o amor ao próximo e o desejo de ser útil. E, de fato, é através do amor ao próximo que demonstramos amar a Deus, como nos diz a Palavra.[1]
Contudo, Deus vai além, e através de Sua Palavra Ele nos apresenta outros encorajamentos para nos motivar e nos fazer levantar o ânimo. Talvez você diga: eu mal sei ler e escrever. Mas você pode ajudar a preparar uma horta comunitária, preparar refeições escolares, consertar algum equipamento, ou prédio... Enfim, até um copo de água fresca oferecida a alguém em nome do Senhor será recompensado por Aquele que vê o nosso coração.
O que não faz sentido é um servo de Deus gastar o tempo que Deus lhe dá em uma roda de jogo com os que não têm a esperança e a certeza da companhia divina. Em Cristo temos a nossa suficiência. NEle temos o que nos é suficiente para sermos bênçãos onde quer que vivamos. Quanto mais perto de Cristo estivermos mais paixão pelas almas haverá em nós. Se essa paixão não mais arde em nosso coração, então, precisamos nos voltar mais para os pés de Cristo. O que fazemos para o Senhor jamais nos parecerá demasiado e extravagante, ou desperdício financeiro, se o fizermos de todo o nosso coração.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] 1Jo 4.7-21
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