.PARA MEMÓRIA SUA

Finalmente, Maria, a mulher que ungiu o Senhor, foi recompensada por sua devoção e amor a Ele: “Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua” (Mt 26.13).

Jesus disse que aquele gesto de desprendimento e amor seria contado em todo lugar onde o evangelho for pregado “para memória sua”. Aquela mulher jamais imaginara que sua atitude repercutiria através da pregação do evangelho de Cristo em toda a terra; que ela acabava de entrar para a história de Jesus perpetuamente. O Senhor já havia dito que “quem der de beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá seu galardão” (Mt 10.42). Quanto mais aqueles que apresentarem diretamente a Ele o melhor e mais precioso, com o propósito de prestar-Lhe culto e reverência!

Que exemplo de vida de fé estamos deixando para os nossos queridos a quem tanto amamos?
Qual o encorajamento e estímulo têm aqueles que estão olhando fixamente para o nosso modo de viver, nossa maneira de reagir diante das dificuldades? Quais são as lembranças que as pessoas terão de nós quando formos chamados à presença do Senhor?

O que transmitimos, especialmente para aqueles a quem amamos, com nossas atitudes para com eles? O que as pessoas que convivem conosco se lembrarão a nosso respeito? Quais são as coisas que ficarão impregnadas em suas lembranças? O que fazemos para os outros que deixarão boas recordações de nossa passagem por este mundo? Ou seremos lembrados como Jeorão? A Bíblia diz que Jeorão “morreu sem deixar de si saudades” (2 Cr 21.20).
Não podemos deixar que eles falem no futuro a nosso respeito como se disse no passado a respeito de outros: “Os nossos olhos ainda desfalecem, esperando vão socorro; temos olhado das vigias para um povo que não pode livrar” (Lm 4.17).

Ao contrário, que a nossa vida sirva de exemplo positivo para todos quantos convivem conosco, em todo tempo de nossa vida. E como isso nos é custoso e tremendamente desafiante! Fico imaginando o que estou passando para aqueles que me cercam, através das minhas reações e atitudes, principalmente diante dos perigos, das dificuldades; minhas reações diante do inesperado, do infortúnio, das perdas e da dor.

Na verdade, nossas reações e atitudes diante das adversidades pode, e quase sempre acontece, revelar o nosso verdadeiro eu, ou a nossa verdadeira identidade. Essas lembranças aumentam a nossa responsabilidade. Isto porque todos nós somos marcadores de vidas, construtores de pontes! Seja para o bem ou para o mal. Não podemos nos esquecer disso, jamais.

O que fazemos de bom para as pessoas e para o reino de Deus que ficarão para memória nossa? Como seremos lembrados depois de nossa morte? E como haveremos de prestar contas de nossa mordomia do tempo ao Deus da glória? Como estamos influenciando aqueles que nos rodeiam? Nossas vidas precisam refletir a verdadeira Luz, que é o Senhor Jesus.
Vale a pena considerarmos estas questões fundamentais.
“Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” (Mt 6.23b).


Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com