_ “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo... E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.2,9 10). 
Assim, pois,  cumprindo a lei de Cristo, a lei da reciprocidade do amor; a lei da semeadura santa, a lei da misericórdia, a lei do amor! Portanto, pensemos no primeiro texto mencionado acima. Um adolescente estava enfermo. A mãe, viúva, pobre, não tinha recursos para socorrê-lo, levá-lo a um médico, comprar remédios. E o menino morreu. Ela, desesperada, corre ao encontro do homem de Deus.  Era a sua  única e última  esperança, e ele não a decepcionou.  O mundo ainda hoje procura os homens e mulheres de Deus, trazendo-nos os seus  aflitos, feridos e espoliados,  com suas   mazelas físicas, emocionais  e espirituais. 
Qual deve ser a nossa  postura em face  às circunstâncias catastróficas de nosso povo? Creio que, como povo de Deus no mundo, não podemos nos omitir, deixar de apresentar a nossa solidariedade para minimizar o sofrimento humano. Por isso, quando medito nesse texto, o faço na certeza de que o nosso Deus, "O Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação" nos ama e está conosco nesse processo, nessa nossa caminhada. Portanto, à luz do texto em apreço, vejamos algumas características  marcantes de uma pessoa de Deus, um homem de Deus.
Penso que a cura interior não se dá como num passe de mágica, num repente. Ao contrário, quase sempre, é fruto de um processo longo e persistente; uma  árdua e dolorosa caminhada. Esse processo envolve toda a nossa força de vontade, toda a nossa alma, todo o nosso ser.  Ainda assim,  persistem, inevitavelmente, as marcas, as sequelas. 
Porém, creio que de tudo isso podemos extrair alguma coisa positiva, estimulante. É que  quanto mais  nos doamos, nos entregamos no afã  de ajudar na “cura” de alguém ao nosso redor, sem  que percebamos estamos  empreendendo uma cura mais  profunda e duradoura em nós mesmos. Assim este processo vai se renovando, tornando mais leve o nosso fardo e mais fácil a convivência com nossos próprios sentimentos e traumas. Isto porque,  à medida que  mais nos envolvemos na busca de  soluções para os problemas de outras pessoas vamos percebendo que mais leve se torna o nosso fardo. Pelo menos é assim que  tenho verificado  em minha própria experiência. Daí porque Paulo nos recomenda: 
_ “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo... E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.2,9 10).
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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