sábado, 18 de fevereiro de 2012

SOMOS FARINHA DO MESMO SACO

Quero dedicar esta mensagem, especialmente, para os meus amigos Jair e Lucas, os quais enfrentam os desafios da deficiência física; também à jovem Ana, ao Anselmo e a todos quantos estão enfrentando algum tipo de enfermidades debilitadoras; assim como os amados irmãos Andressa, Tavares e todos quantos estão enfrentando problemas familiares ou sentimentais. Bem como os meus amigos Leonardo, Jeferson e tantos outros por esse mundo a fora que são, continuamente, perseguidos e humilhados por causa de seu testemunho cristão destemido. Que o Senhor a todos abençoe e os fortaleça na força do seu poder, a fim de que continuem servindo ao Senhor Jesus com alegria, firmes na fé, na certeza de que “o Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam” (Naum 1.7).

SOMOS FARINHA DO MESMO SACO

Muito frequentemente Deus nos conduz e nos usa através de situações ou circunstâncias tenebrosas aos nossos próprios olhos. Assim como o profeta Ezequiel foi levado e deixado no meio do caos Ez 37.1-14 , assim também Deus muito frequentemente nos conduz à circunstâncias estranhas, confusos e desoladoras. Quando nos sentimos abandonados e desamparados por Deus e pelas pessoas a quem amamos para sermos portadores da mensagem de vida e esperança para quem já perdeu toda e qualquer esperança.

Precisamos seguir ao nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo; nos identificando, vivendo e chorando com os que sofrem, como Ele fez. E quando não o fazemos espontaneamente, Deus mesmo Se encarrega de nos colocar em circunstâncias tenebrosas e angustiante a fim de que tenhamos condições reais de repassarmos aos outros a consolação com que nós mesmos somos contemplados, como escreveu o apóstolo Paulo em 2 Coríntios 1. 3-11.

Podemos observar que Paulo faz uma tremenda afirmativa sobre a consolação do Senhor (v.2,3a). Mas isto, baseado em pelo menos duas considerações importantes.
A primeira diz respeito à nossa responsabilidade em repassar as bênçãos que recebemos. Não podemos reter nada que Deus nos dá, como se fora por méritos pessoais nossos. Nem mesmo as consolações nos são dadas para o nosso único desfrute. Temos a missão de repassador de consolações (v.4).
A segunda consideração na qual Paulo se baseia para fazer uma afirmativa tão veemente como a esta dos versos 3 e 4, é o seu próprio exemplo (vs. 5-11). Aqui ele expõe a severidade das suas tribulações, as quais excederam à sua capacidade de resistência física e emocional. Eu imagino que ele já nem conseguia chorar mais, tantas eram as suas dores e angústias. A ponto de achar que não suportaria mais, e que a morte era não só inevitável, mas também desejada, diante de tanto sofrimento. Contudo, ele estava escrevendo depois que a consolação lhe fora dada. Daí a sua autoridade moral e espiritual para exortar-nos para ficarmos firmes diante dos nossos sofrimentos, na certeza de que o mesmo Deus está conosco também.

Precisamos ir aos que sofrem como companheiros de jornada, entendendo e demonstrando que estamos do mesmo lado na batalha diária. Fazemos parte da natureza humana caída, corrompida e sofredora; por isto necessitamos do mesmo Redentor e Salvador. Somos “farinha do mesmo saco”, dependentes e carentes da graça de Deus (Rm 3.23; 2Co 5.18-21).

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58). Que Deus nos console e nos conceda a suficiência de Cristo; tanto para a nossa certeza da salvação eterna como para a nossa comunhão e intimidade com Ele e com os nossos semelhantes. Amém.

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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