Quero dedicar esta mensagem, especialmente, para  os meus amigos Jair e Lucas, os quais enfrentam os desafios da deficiência física; também à jovem  Ana, ao Anselmo e a todos  quantos estão enfrentando algum tipo de  enfermidades debilitadoras; assim como  os amados irmãos Andressa, Tavares e todos quantos  estão enfrentando problemas familiares ou sentimentais. Bem como os meus  amigos Leonardo, Jeferson e tantos outros por esse mundo a fora que são, continuamente, perseguidos e humilhados por causa de  seu testemunho cristão destemido. Que o Senhor a todos abençoe e os fortaleça  na força do seu poder, a fim de que continuem servindo ao Senhor Jesus  com alegria, firmes na fé, na certeza de que “o Senhor  é bom, é fortaleza no dia da  angústia e conhece os que  nele se refugiam” (Naum 1.7).
SOMOS FARINHA DO MESMO SACO
Muito frequentemente Deus nos conduz e nos usa através  de situações ou circunstâncias  tenebrosas aos  nossos  próprios olhos.  Assim como o profeta Ezequiel foi levado e deixado  no meio do caos Ez 37.1-14 , assim também Deus muito frequentemente nos conduz à circunstâncias estranhas, confusos e   desoladoras. Quando nos sentimos abandonados e desamparados por  Deus e pelas pessoas a quem amamos para sermos  portadores da  mensagem de vida e esperança para quem  já  perdeu toda e  qualquer  esperança.
Precisamos seguir  ao nosso  Mestre e Senhor, Jesus  Cristo; nos identificando, vivendo e chorando com os que sofrem, como  Ele fez. E quando não o fazemos espontaneamente, Deus mesmo Se encarrega  de nos  colocar em circunstâncias tenebrosas e angustiante a fim de que tenhamos condições reais de repassarmos  aos outros a consolação com que nós mesmos somos contemplados, como escreveu o apóstolo Paulo em 2 Coríntios 1. 3-11.
Podemos observar que Paulo faz uma tremenda afirmativa sobre a consolação do Senhor (v.2,3a). Mas isto, baseado em pelo menos duas considerações importantes.
A primeira diz respeito à  nossa responsabilidade em repassar as bênçãos que recebemos. Não podemos reter nada que  Deus nos dá, como se fora  por  méritos pessoais nossos. Nem mesmo as consolações nos são dadas para o nosso único desfrute. Temos a missão de  repassador de consolações (v.4).
A segunda  consideração na qual Paulo se baseia para fazer uma  afirmativa tão veemente como a esta dos versos 3 e 4, é o seu próprio exemplo (vs. 5-11). Aqui ele expõe a severidade das suas tribulações, as quais excederam à sua capacidade de resistência física e emocional. Eu imagino que ele já nem conseguia  chorar mais, tantas eram as suas dores e  angústias. A ponto de achar que não suportaria mais, e que a morte era não só inevitável, mas também  desejada, diante de tanto sofrimento. Contudo, ele estava escrevendo depois  que  a consolação lhe fora  dada. Daí  a sua autoridade moral e espiritual para  exortar-nos para ficarmos firmes diante dos nossos sofrimentos, na certeza de que o mesmo Deus está conosco também. 
Precisamos ir aos que sofrem como companheiros de  jornada, entendendo e demonstrando que estamos do mesmo lado na batalha diária. Fazemos parte  da natureza humana caída,  corrompida e sofredora; por isto necessitamos do mesmo Redentor e Salvador. Somos “farinha do mesmo saco”, dependentes e carentes da graça de  Deus (Rm 3.23; 2Co 5.18-21).
“Portanto,  meus amados irmãos, sede  firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no  Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58). Que  Deus nos  console e nos conceda a suficiência de  Cristo; tanto para a nossa  certeza da salvação eterna como para a nossa comunhão e intimidade com Ele e com os nossos semelhantes. Amém.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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