sábado, 4 de fevereiro de 2012

NINGUÉM, SENÃO JESUS

_ "Senhor, não tenho ninguém..." (Jo 5.7 a).

A sensação de abandono, o sentir-se rejeitado, é algo tremendamente doloroso e deprimente. É o sentimento de inferioridade, de insuficiência e incapacidade de amar e ser amado... Leva ao desânimo, abatimento e à depressão. Sentimos a rejeição e abandono até mesmo quando ocorrido no ventre materno. Uma criança rejeitada pela mãe no período de gestação pode tornar-se uma pessoa insegura, triste, carente de afeto, desajustada ou problemática.

Há milhares de pessoas abandonadas, esquecidas nos hospitais, outros perambulando pelas ruas. Vidas secas, amargas, cujos familiares, sem recursos, ou por não reconhecerem neles mais valor, ou medo de contaminação, as abandonam até mesmo nos leitos hospitalares. Se você se encontra em situação semelhante, atente para a Palavra de Deus: "Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei..." (Is 49.15-16). Ele disse que não tinha ninguém. Nem amigos, nem companheiros de trabalho, ou de infortúnio, ninguém...

Há pessoas que nunca se dão conta de que a vida é sempre uma gangorra: Quando um sobe, outro desce. Como disse João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua..." (Jo 3.30). Sempre haverá alguém descendo para que outros possam subir em determinadas circunstâncias. E todos nós participamos da gangorra da vida. A alternância faz parte da própria vida. Isto nos estimula quando sofremos e nos adverte quando nos regozijamos. Mas, como nos inquieta o fato de alguém não nos ajudar quando estamos em baixa! Quando isto nos acontecer, além do próprio sofrimento, temos o conforto da Palavra divina.

Em nosso país, menores e maiores abandonados, completamente desprezados, perambulam pelas ruas sem terem o que fazer. Ninguém se importa com eles. No Brasil, segundo as últimas estatísticas, quatro menores são assassinados todos os dias, em conseqüência do abandono. Além de serem vítimas das crueldades dos próprios familiares, são, também, vítimas fatais da violência urbana. Não têm ninguém. Nenhum valor para a sociedade egoísta. Não valem muita coisa para a família, e nem mesmo para si próprios. Perderam a razão de viver. Não têm ninguém. Ninguém, senão JESUS... Sim, Jesus é o amigo mais chegado que um irmão!


Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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