_ “E Deus continuou: —Jeremias, se você me chamar, eu responderei e lhe contarei coisas misteriosas e maravilhosas que você não conhece” (Jr 33.3 – NTLH).
Não podemos desprezar os ensinamentos que recebemos para conhecer a Palavra de Deus. Porém, não devemos nos contentar com o ensino de segunda ou terceira mão.
Não podemos nos contentar apenas em ouvir aquilo que nos dizem respeito de Deus ou sobre o que Deus falou para outra pessoa. Nem mesmo devemos nos contentar pelo fato de algum dia no passado termos ouvido a voz de Deus pessoalmente. Isto é só o começo, os rudimentos, a iniciação para conhecermos a Deus cada vez mais, pessoalmente. E isto depende essencialmente de nossa intimidade não apenas com o que nos ensinaram ou disseram sobre Deus; mas, especialmente, de nossa comunhão direta com o próprio Senhor.
As informações e exortações que recebemos através de terceiros, homens e mulheres usados por Deus para nos encorajar, consolar, ensinar e desafiar, são de grande valor para a nossa edificação e crescimento espiritual. Porém, Deus tem muito mais a nos comunicar, se tão somente buscarmos diretamente da fonte divina.
Se nos mantivermos arredios e inflexíveis, excessivamente apegados à nossa tradição religiosa, doutrinária e eclesiasticamente dogmáticos e irredutíveis, não conseguiremos perceber a ação sobrenatural divina de outra forma senão através da Bíblia e da oração. Perdemos, assim, a possibilidade de ouvir, ver e sentir, como Paulo, coisas inefáveis. Conseqüentemente, também, perdemos a oportunidade de conhecermos mais a Deus, e não apenas o que dizem a respeito dEle.
Por causa de nosso pretenso conhecimento e firmeza doutrinária, deixamos de usufruir a gloriosa manifestação da intimidade com Deus. Ao contrário, quando nos humilhamos diante do Senhor e O deixamos falar-nos livremente, através dos meios e forma que melhor Lhe convêm, sem nos apegarmos à tradição fria, e O buscamos com corações puros e quebrantados, Ele derrama sobre nós a Sua maravilhosa graça.
Se temos uma visão que nos estimula e nos convence de que devemos nos orgulhar, ou ao extremo oposto do desânimo, abatimento e depressão, então precisamos verificar sua procedência. Deus não nos dá visões e revelações para o nosso orgulho e soberba. Ao contrário, Ele nos manda tribulação exatamente para combater a nossa tendência para com esse tipo de pecado. Portanto, rogo a Deus que abra os meus olhos, primeiramente, a fim de que eu possa contemplar e experimentar, ainda aqui na terra, um pouco mais dessas inefáveis visões e revelações do Senhor. Amém.
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