sábado, 13 de dezembro de 2008

O FILHO DE DEUS NÃO VIVE NA PRÁTICA DO PECADO

1. O versículo nove diz isso com uma clareza incontestável: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. (RA)
2. Mas o versículo não somente diz que o filho de Deus não vive na prática do pecado, como também diz o motivo: a semente de Deus permanece nele e ele é nascido de Deus. Isso quer dizer que ele possui a natureza divina. Ele nasceu de novo, da água e do Espírito, e sua natureza foi mudada.
3. Há nesse versículo uma metáfora biológica fantástica. A palavra que foi traduzida aqui por semente vem do grego “sperma”.
4. Sabemos que o sperma leva os gens do homem que, combinados com os da mulher, vão determinar as características da pessoa que vai nascer.
5. Os filhos de Deus possuem os Seus “gens”, possuem a Sua natureza, e por isso não podem viver na prática do pecado.
6. Essa é uma figura tremenda que o Espírito de Deus usa aqui para nos transmitir essa grandiosa verdade.
7. Isso nos leva a uma terceira questão:

III. Se alguém vive na prática do pecado, esse tal não é filho de Deus.

1. Essa é uma conclusão óbvia e muito séria também, pois o texto deixa bem claro que, nesse sentido só existem duas classes de pessoas: os filhos de Deus e os filhos do diabo. Quem não é filho de Deus é filho do diabo.
2. “A idéia de falsos irmãos, derivados de satanás, encontra uma expressão análoga no apelo de Inácio aos Efésios, no sentido de que ‘nenhuma planta do diabo seja encontrada em vós’. Encontramos uma declaração mais completa dessas idéias em João 8:44 e seu contexto, onde Jesus assevera acerca de seus adversários: Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. (João 8:44 RA)...”[2]

Conclusão

1. A relação dos filhos de Deus com o pecado é, então, uma relação de completo desafeto, desamor.
2. O filho de Deus deve repudiar o pecado com todas as suas forças.
3. João já havia dito, em 2:15-17: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (1 João 2:15-17 RA)
4. O filho de Deus deve permanecer em Cristo, e, sendo assim, por ser Cristo impecável, o filho de Deus não pode e não viverá na prática do pecado.
5. Ele peca, não há dúvida, mas não vive dominado pelo princípio do pecado.
6. Quem vive sob esse domínio é porque ainda não é filho de Deus.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Porto Meira – Dezembro de 2008

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