sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MALDIÇÃO OU BÊNÇÃO?

Certa feita sofri um grave acidente (mais um), quando visitava a igreja onde iria pastorear (Tucuruí – PA). Em repouso em nossa residência em Volta Redonda, RJ, ficava observando as reações das pessoas que me visitavam. Alguns por pura curiosidade, para constatarem meu “triste estado”.

Outros demonstravam, pela consternação de seus semblantes, que estavam questionando: Por que Deus permite que Seus obreiros sofram acidentes? Será que realmente Ele tem o controle da situação? Ou será que essa pessoa não está vivendo de acordo com a vontade de Deus?

Certamente alguma coisa não encaixa com a fé e a religiosidade cristã desvirtuada de nosso tempo. É comum aos pregadores “televisivos”, aqueles que estão na mídia evangélica de nossos dias, um tipo de oração que atrai e agrada a muita gente, a qual contraria frontalmente este ensino cristalino da Palavra de Deus.

Ou seja, a prática atual de exorcizar doenças, problemas e o diabo, com a ordem do “apóstolo”, “bispo”, ou “missionário”... E isso, pretensamente, com uma autoridade que teriam recebido especificamente de Deus.

Veja só, uma autoridade que Deus teria delegado a alguns homens para manipular o poder de Deus, desonrando ao próprio Deus com suas ordens esdrúxulas. Sim, porque, se o próprio Senhor Jesus nos ensinou a submetermo-nos à vontade de Deus, tendo Ele mesmo dado o exemplo; como Deus autorizaria um procedimento completamente contrário ao Seu ensino?

Deus não precisa provar para nós ser quem é, da forma como achamos que Ele deve ser. Ele é Deus justamente porque faz o que Lhe apraz, e não por fazer aquilo que nós achamos que Ele deve fazer. Observe os exemplos a seguir: “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:1-4). Deus permitiu que aquele homem nascesse cego com um propósito específico: “Para que se manifestem nele as obras de Deus” (v.3).

Isto prova, antes de mais nada, que é Deus quem determina o nascimento de cada um de nós. Do jeito que Ele quer. Não foi por azar, destino, ou falta de sorte. Mas porque Deus assim o quis.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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