A voz da dignidade: “Põe-te em pé, e falarei contigo!”
Isto implica em viver e agir com destemor, autoestima, confiança e coragem diante dos desafios da obra que nos  foi confiada. A  postura de reconhecimento de nossas limitações,  em virtude de sermos  parte da raça humana decaída, não pode nos  levar para o  extremo oposto. Ou seja, vivermos deprimidos, cabisbaixos,  “pra baixo”, sem entusiasmo e sem vibração. Não podemos perder de vista que, apesar de nossa fragilidade, temos conosco  o Deus   Todo Poderoso. Somos desafiados a nos colocar em pé, com dignidade  de soldados de honra:  “...Põe-te em pé, e falarei contigo!”
Não é  orgulho, posto que Deus mesmo o desafiara antes para que  tivesse a real compreensão de suas limitações, sua insignificância. Mas Deus, em Cristo, nos capacita, nos torna dignos para agirmos com confiança, na condição e autoridade de filhos do reino de Deus. Deus não quer que Seus filhos fiquem rastejando  no pecado, numa vida indigna de Seu precioso nome.
Deus é  quem nos coloca em pé, com dignidade, para o exercício  da missão profética de transmissão do reino de Deus; reconhecendo sempre que a nossa suficiência vem do Senhor. O Senhor dos exércitos passa em revista o exército para a guerra! Embora consciente de sua fragilidade, o profeta e  sacerdote  deveria estar em prontidão para ouvir e transmitir a Palavra do Senhor. Precisava estar em pé, resoluto, de prontidão: “E me pôs em pé”.
Nossa suficiência e dignidade não vem  da nossa condição humana, por sermos melhores ou mais  inteligentes. Não é por causa de nossa capacidade cultural, ou espiritual. Mas a nossa dignidade vem do Senhor.  É mediante à Sua Palavra e vontade: “Põe-te em pé...” Só atentando para  a ordenança divina é que somos encorajados e fortalecidos para exercermos com eficiência, dignidade e ousadia,  o ministério cristão.
O próprio Senhor  faz a revista dos Seus soldados. Para tanto, precisamos estar perfilados, eretos, altivos e resolutos para a batalha. Não podemos abrigar a timidez, covardia ou complexo de inferioridade, como portadores da Palavra.  Porém, precisamos manter a humildade e profunda reverência no trato com as coisas de Deus. Como nos diz o Senhor sobre a maneira como os primeiros cristãos receberam e divulgaram a sua fé: “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos” (At 2:43). 
Como aconteceu  com Moisés, quando o próprio Senhor o colocou  em pé para assumir a responsabilidade de comandar o povo de Deus através do deserto; assim, também, com  Ezequiel: “Então, quando  ele falava comigo, entrou  em mim o Espírito, e me pôs em pé, e ouvi aquele que me falava” (Ez  2.2).
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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