terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A VOZ DA DIGNIDADE

A voz da dignidade: “Põe-te em pé, e falarei contigo!”

Isto implica em viver e agir com destemor, autoestima, confiança e coragem diante dos desafios da obra que nos foi confiada. A postura de reconhecimento de nossas limitações, em virtude de sermos parte da raça humana decaída, não pode nos levar para o extremo oposto. Ou seja, vivermos deprimidos, cabisbaixos, “pra baixo”, sem entusiasmo e sem vibração. Não podemos perder de vista que, apesar de nossa fragilidade, temos conosco o Deus Todo Poderoso. Somos desafiados a nos colocar em pé, com dignidade de soldados de honra: “...Põe-te em pé, e falarei contigo!”

Não é orgulho, posto que Deus mesmo o desafiara antes para que tivesse a real compreensão de suas limitações, sua insignificância. Mas Deus, em Cristo, nos capacita, nos torna dignos para agirmos com confiança, na condição e autoridade de filhos do reino de Deus. Deus não quer que Seus filhos fiquem rastejando no pecado, numa vida indigna de Seu precioso nome.

Deus é quem nos coloca em pé, com dignidade, para o exercício da missão profética de transmissão do reino de Deus; reconhecendo sempre que a nossa suficiência vem do Senhor. O Senhor dos exércitos passa em revista o exército para a guerra! Embora consciente de sua fragilidade, o profeta e sacerdote deveria estar em prontidão para ouvir e transmitir a Palavra do Senhor. Precisava estar em pé, resoluto, de prontidão: “E me pôs em pé”.

Nossa suficiência e dignidade não vem da nossa condição humana, por sermos melhores ou mais inteligentes. Não é por causa de nossa capacidade cultural, ou espiritual. Mas a nossa dignidade vem do Senhor. É mediante à Sua Palavra e vontade: “Põe-te em pé...” Só atentando para a ordenança divina é que somos encorajados e fortalecidos para exercermos com eficiência, dignidade e ousadia, o ministério cristão.

O próprio Senhor faz a revista dos Seus soldados. Para tanto, precisamos estar perfilados, eretos, altivos e resolutos para a batalha. Não podemos abrigar a timidez, covardia ou complexo de inferioridade, como portadores da Palavra. Porém, precisamos manter a humildade e profunda reverência no trato com as coisas de Deus. Como nos diz o Senhor sobre a maneira como os primeiros cristãos receberam e divulgaram a sua fé: “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos” (At 2:43).

Como aconteceu com Moisés, quando o próprio Senhor o colocou em pé para assumir a responsabilidade de comandar o povo de Deus através do deserto; assim, também, com Ezequiel: “Então, quando ele falava comigo, entrou em mim o Espírito, e me pôs em pé, e ouvi aquele que me falava” (Ez 2.2).

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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