segunda-feira, 13 de maio de 2013

ALEGRAI-VOS SEMPRE NO SENHOR


"Alegrai-vos  sempre no Senhor, outra vez vos digo: alegrai-vos” (Fl 4.4).

 

Quem as proferiu estas palavras, como tantos hoje em dia, tinha com motivos   sobejos  de não só  estar triste e choroso, mas, também, revoltado e odiando a tudo e a todos por uma reclusão injusta e desumana. Não fora a graça de Cristo, e sua plena   intimidade com o Senhor ressurreto, este prisioneiro também teria se desmanchado em lamentações  e lágrimas, com o sentimento ferido por   achar-se abandonado naquele cárcere sujo e frio. E, na verdade,  suas palavras em nada se assemelham com a irresponsabilidade e leviandade de um político que não sabe   o que é  padecer as agruras de um sentimento de impotência diante dos descasos das autoridades  constituídas.


Quando ele disse "alegrai-vos no Senhor", era porque, ainda que   a friagem do cárcere, a fome e as dores causadas pelas  chicotadas recebidas lhe provocassem desconforto e sofrimento; ainda que a  escuridão de sua cela fria tirasse seu humor; ainda que injustiçado e incompreendido; ainda que   sem dinheiro e faminto; ainda que  a morte  se lhe mostrasse tão próxima;   ainda  assim,  havia paz reinante em seu coração ferido e alegria transbordante  exalando em sua face como perfume suave ao Senhor.
 

 Você que chora pelos seus inúmeros  e justos motivos pessoais; enxugue seus olhos um pouco, voltando-se mais uma vez a pensar no encorajamento de quem sentia  tanto quanto, ou muito mais do que você possa imaginar: "Alegrai-vos sempre, no Senhor!"
 

Não é alegria  do hipócrita que apenas   tenta vender uma boa imagem de seu produto (no caso, de sua  religião). Não é alegria do budista para quem a vida não tem sentido, nem mesmo razão para se chorar; para quem busca o   "nirvana", ou o não sentir... Nem tão pouco é a alegria  do otimista debilóide que atribui tudo  ao acaso, e que   um dia a  sorte ou o destino  trará a paz de volta... A paz e alegria proclamadas por esse   solitário prisioneiro  faz parte  da experiência  de vida de  todos quantos  tiveram uma experiência real  e profunda com o Senhor, Autor e Consumar da fé. Como Maria   Madalena, depois  que disse "Vi o Senhor!"
 

Jesus era   a sua maior alegria, a razão de sua vida. Nada mais tinha tanto valor a ponto de causar-lhe  abatimento e tirar-lhe  a paz de espírito. Jesus era   a única razão de sua existência; o resto, era resto tão somente. Não poderia mais ficar calada e rabugenta no seu canto. Teria que sair cantando e contando em alto e bom som   que ele vive e reina para sempre!  

 

Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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