sábado, 11 de maio de 2013

TENDE BOM ÂNIMO


“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome”  (Lc 4.1, 2).

 

Embora tenhamos em  mente o  deserto da tentação, é no deserto da oração onde há maior chance de termos um profundo e significativo encontro com Deus. É quando  somos confrontados no mais íntimo de nossa fé, e somos levados a crescer. Quando vencemos a tentação, sentimos que crescemos um pouco mais. É, portanto, no deserto, quando temos mais chance de sermos fortalecidos no poder do Espírito Santo.

 

Como diz a Bíblia, foi após  a vitória sobre a tentação que Jesus sentiu-se  livre da pressão demoníaca: “Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram... Assim, tendo o Diabo acabado toda sorte de tentação, retirou-se dele até ocasião oportuna. Então voltou Jesus para a Galiléia no poder do Espírito; e a sua fama correu por toda a circunvizinhança”  (Mt 4.11; Lc 4.13-14).


Sempre me emociono com o "treinamento" missionário pelo qual passou  o Senhor Jesus. Assim também,  fico imaginando  como Deus muitas vezes, ou quase sempre,  usa desse  mesmo tipo  de treinamento  conosco. Quantas vezes uma enfermidade  persistente e dolorosa, um  desemprego, aflições e abandonos familiares, nos levam a  sentir solitários e carentes como se estivéssemos atravessando  um longo e tenebroso  deserto de aflição!
 

Muitas vezes, ainda,  somos confrontados com as vis tentações diabólicas, infernais, dizendo-nos e procurando nos convencer de que  não temos ninguém para nos defender, nos apoiar; que não valemos nada para o mundo, para a sociedade, e nem para Deus...  Ou ainda, que não temos fé suficiente para sermos curados, abençoados... Ou que estamos  "pagando" pelos pecados e males que cometemos, ou porque não seguimos os preceitos  determinados pelas seitas, ou por um Deus impiedoso... E por causa disso Deus estaria  nos castigando.  
 

Enfim, o deserto representa, além das aflições das condições adversas que enfrentamos, também representa o bombardeio ou avalanche de opressões satânicas procurando nos ridicularizar, nos desanimar e nos levar à revolta contra Deus. Mas quando pensamos em nosso Mestre amado suportando as agruras de um deserto abrasador, as tentações diabólicas e todos  os sofrimentos até ao Calvário, então somos  confortados e encorajados a seguir Seus conselhos: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" ( Jo 16.32).

 

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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