segunda-feira, 20 de maio de 2013

DEU CERTO!


_ “Deu certo!”, disse Jêniffer, uma linda e robusta menina de nove anos, assim que cheguei  à sua casa. É que dias antes ela havia pedido oração para sua “ex-amiga”. Da outra feita, assim que cheguei para o culto que seria realizado na casa da avó, Lúcia, Jeniffer, fez o seguinte pedido de oração:

­_ Pastor, quero  que o senhor faça uma  oração para aquela menina ali, disse ela apontando para uma menina mais forte e mais velha  que ela.

Perguntei-lhe o por quê de seu pedido, e ela só  disse que era  uma menina  muito “encrenqueira.” Depois fiquei sabendo que aquela menina, vez por outra, agredia, batia muito na Jeniffer. Surpreso e feliz por seu espírito de perdão e mansidão para com aquela sua colega-inimiga, mencionei seu pedido de oração naquele culto e oramos  para que Deus atendesse o seu pedido. Antes, porém, disse para que ela mesma orasse a Deus nesse sentido, porque Deus  ouve  a  oração das crianças também. Ela ainda acrescentou que Deus ouve mais a oração das crianças do que a dos adultos. E orou! Cerca de  um mês após aquela oração, voltei à sua casa. Quando o pai dela parou o carro perto de mim, jeniffer desceu feliz e foi logo dizendo: Pastor, deu certo!  Aí, disse que  sua amiga fizera as  pazes com ela e que agora estava  tudo bem. Que bom quando uma criança tem esta  percepção de que  a oração dá certo, que funciona, que Deus respondeu sua oração!

Fiquei feliz pela Jeniffer, e feliz em poder compartilhar de sua alegria nessa experiência de oração. Na verdade, sempre dá certo  a oração do justo. Deus ouve, Deus vê, Deus responde, Deus age. Embora saibamos que Deus é soberano e que não depende de nossa oração para agir no mundo, ainda  assim Ele nos  concede a graça maravilhosa de nos permitir fazer parte  de Suas realizações.

Esta é uma das  bênçãos da oração, nos sentirmos  envolvidos na atuação sobrenatural, divina.  Não há explicação  para tal, apenas gratidão e exaltação ao Senhor  por Sua  infinita graça e misericórdia. De fato o Senhor a cada dia confirma a Sua  Palavra santa: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16).

E quando somos  procurados por alguém que  nos pede perdão, não nos compete questionar os motivos e a maneira  como nos é apresentado tal pedido. Cumpre-nos  o dever de liberar o perdão e deixar a questão, quanto o ser ou não legítimo o pedido, com Deus e a pessoa. Não nos compete analisar as razões do coração alheio. Isto  é problema  de Deus com a pessoa. A nós, porém, cumpre o dever de perdoar. É o que Jesus nos ensina (Mt 18:15-18).

 

 

Pr. Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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