Paulo e Silas poderiam
alimentar um profundo sentimento de culpa pelos acontecimentos anteriores. Se nos
voltarmos aos acontecimentos que antecederam aos fatos que resultaram na prisão
dos apóstolos, compreenderemos melhor esta questão. Se Paulo e Silas ficassem
procurando respostas para os seus sofrimentos, seriam arrasados pelo sentimento
de culpa. Mesmo porque, não havia como reparar os erros cometidos.
Há muitas coisas que fazemos ao longo da vida que nos provocam
culpa e tristeza. Porém, nem sempre o erro pode ser revertido ou compensado,
como se propôs Zaqueu, por exemplo.
Algumas das nossas atitudes e decisões nesta vida são
irreversíveis enquanto aqui estamos,
outras têm consequências eternas. Não podemos nos esquecer de que o nosso Deus,
além de amoroso e terno, misericordioso, é, também, justo. Sua justiça não
falha. Tanto julga os ímpios, como, também, àqueles que são Seus. Os que não se
arrependerem serão punidos eternamente no inferno. Nós também, os que cremos,
não ficamos livres das correções e da
disciplina divina. Temos muitos exemplos da Palavra de Deus.
Moisés, o grande
líder, enfrentava as dificuldades habituais no comando do povo de Deus no deserto. Sua postura era de
equilíbrio sacerdotal entre Deus e o povo. Tinha, aparentemente, o controle de
suas emoções e toda a liberdade para agir e reagir com o povo. E, até mesmo,
para errar, falhar. Entretanto, quando
vacilou diante de uma ordem divina,
batendo na rocha com desconfiança e irritação, sem exercer a fé
que procurava despertar no povo, então, tudo mudou para ele. Deus o disciplinou
duramente, impedindo-o de desfrutar o privilégio da posse da Terra Prometida. E
Deus não retrocedeu, não mudou sua decisão...
Pr. Vanderlei Faria
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