O Brasil – e o mundo de um modo geral – se emocionou e chorou com a despedida de Ronaldo, O Fenômeno. Foi difícil, para quem acompanhou sua carreira de lutas e vitórias por todos esses anos, suportar a  emoção e conter as lágrimas diante da dura realidade do encerramento de sua  carreira. Eu também  chorei ao relembrar seus  inúmeros momentos de  superação e glória esportiva, especialmente na  Copa de 2002. 
Foram momentos inesquecíveis. De certa forma, cada um de nós, brasileiro ou não, sentimo-nos como se  fôssemos íntimos e familiares dele. É como se  fosse um filho mais velho ou um irmão de cada um de nós. Se alguém o encontra na rua, o cumprimenta com aquela  familiaridade de velhos e íntimos amigos. E, como brasileiros, de alguma  forma nos sentimos vitoriosos com ele, choramos e  nos alegramos com ele em diversos momentos. Enfim, somos um povo sentimental assumido, graças a Deus. Mas é justamente por causa dessas palavras – graças a Deus – que me ocorreu o desejo de escrever esta reflexão.
Como disse, eu também chorei com ele e por ele em seus momentos de  tristeza e dor, como  me alegrei por ele e com ele em seus momentos de  júbilo e vitória. Porém, desta feita eu chorei com  Ronaldo pelo fato de que, assistindo suas inúmeras  entrevistas, desde o dia 14/02/2011, jamais ouvi qualquer referência à sua gratidão e louvor a  Deus pelo dom de praticar esporte de forma  especial, pelas muitas superações das lesões físicas, pela  superação das crises  sociais e sentimentais, pela  linda família, pelas amizades conquistadas ao longo da vida, pela saúde; enfim, pela vida que Deus  lhe tem proporcionado.
Chorei por verificar que, infelizmente, Ronaldo não conhece e não ama ao Senhor da  glória; não recebeu a  revelação do amor de Deus para que seus olhos sejam abertos para contemplar a multiforme graça de Deus e a riqueza de sua glória.
Chorei, pedindo a Deus que tenha misericórdia dele e de todos quantos, iguais a ele, depositam toda a sua esperança,  toda honra e glória nas coisas materiais e nas pessoas que os rodeiam. Chorei, pedindo  a Deus que se cumpra em sua vida e na vida de seus familiares a palavra de Deus, conforme Mateus 11.27,28; João 6. 39-30; 44-48; João 8.31,32 e 17.3. Ou seja, oro com o apóstolo Paulo: “a boa vontade do meu coração e a  minha  súplica  a Deus  a favor deles são para que sejam salvos” (Rm 10.1).
Que o Espírito Santo ilumine as mentes e corações de Ronaldo e família, e de tantos quantos estão vivendo sem o devido conhecimento do amor  e da graça de Deus em Cristo Jesus; para que  tenham a  oportunidade de conhecer a glória da graça de Deus. Quero deixar de chorar e lamentar pelo fato de perceber essa  falta de  intimidade e gratidão a Deus da parte do Ronaldo por tudo que lhe aconteceu na vida até aqui. Quero   me alegrar e me regozijar diante de  Deus quando  for informado que  Ronaldo e  família receberam a iluminação do Espírito Santo para conhecerem a Deus e a Jesus  Cristo como Senhor e  Salvador de suas vidas. Porque assim disse o Senhor: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3).
Infelizmente, não  tenho como fazer chegar esta carta aberta ao conhecimento de Ronaldo – quem sabe alguém o fará por mim!? –; ainda assim,  vou continuar orando por ele, pela sua salvação em Cristo Jesus. Então, em suas futuras entrevistas, haveremos de ouvi-lo  honrar e glorificar ao Senhor Jesus Cristo, declarando seu amor prioritário, não  a um clube de futebol, mas ao Senhor da glória, digno de  toda honra  e todo o nosso amor. Se você também tem agido como Ronaldo nesse sentido, esta  oração também é pra você. E que Deus os abençoe e vos ilumine graciosamente. Amém.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário