Lm 3.25-29
Quem quer aprender de Deus e com Deus, tem que estar a sós com Ele:
Isto é tempo de qualidade para Deus! Tempo específico e bem aproveitado para entregarmo-nos à oração, à busca da misericórdia do Senhor, à busca da vida magistral. Não é tão difícil reservarmos tempo para ouvir uma boa música, para bater um "papo" descontraído com amigos...
Para muitas pessoas parece mais cômodo confiar seus conflitos interiores nas mãos de obreiros de oração. Ainda que para isso tenham que pagar caro, e ainda ficar sem o privilégio de chegar à presença de Deus através da oração. Assim, por ignorância ou por preguiça, delega-se a outros o direito e privilégio de ter-se acesso a Deus, por meio de Jesus Cristo.
Não há pressa que possa justificar a ausência de meditação espiritual. Portanto, precisamos compreender, claramente, a importante dimensão da oração. Não apenas pelo que recebemos de Deus em termos materiais, ou sociais; mas, principalmente, pelo que experimentamos com Deus. A oração nos torna inteiramente dependentes e confiantes em Deus. Nos faz sentir humildes e submissos à soberania divina.
É impossível orar, mantendo orgulho, mágoas e demais pecados no coração. A oração nos faz sentir seguros e tranqüilos, ainda que enfrentando doenças, dores e decepções. É através da oração que experimentamos a vida abundante, sobre a qual Jesus falou: “O ladrão não vem senão para roubar, matar, e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (Jo 10.10). Mas meditar e orar depende do sossego da alma; recolhimento interior. É necessário que haja um cessar pleno, tanto externa como internamente. Uma concentração total e absoluta. É preciso se refugiar do mundo, isolarmo-nos das coisas externas. E para tanto, depende de muita disposição e disponibilidade para Deus. É preciso humildade para fugir dos aplausos humanos; sair de cena, abandonar os holofotes do mundo, as luzes dos palcos da vida.
Precisamos, portanto, de tempo para meditação, sem pressa, num mundo apressado, corrido. Temos a tendência de estarmos sempre ouvindo alguém ou alguma coisa, seja rádio, televisão ou as pessoas ao nosso redor. A maioria das pessoas parece ter medo, alguns chegam até mesmo ao pânico, diante da solidão.
Estar a sós não significa ser solitário. Ninguém foi mais sociável e comunicativo do que Jesus, e ninguém mais que Ele nos ensina, através da Sua própria experiência, como nos recolhermos, refugiarmo-nos para oração e meditação na Palavra de Deus.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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