quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SÊ FIEL ATÉ À MORTE!

Pensemos no encorajamento que temos na Palavra de Deus: “Não temas as coisas que tens de sofrer... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
Os crentes, para quem essa carta foi endereçada, eram perseguidos por alguns motivos específicos:

Eram acusados de serem canibais, por causa da comemoração da Ceia do Senhor. Eram acusados de serem praticantes de orgias sexuais. Isto porque, geralmente suas reuniões de confraternização e comunhão chamavam-se “Ágape” – festa do amor... Eram acusados de dividirem as famílias, porque alguns se convertiam, outros não... Eram acusados de ateísmo, porque não haviam imagens em seus templos... Eram acusados de serem desleais para com o governo de Roma, porque não diziam “César é Senhor”, e, sim, “Jesus Cristo é o Senhor”. Eram acusados de incendiários, porque profetizavam a volta de Cristo e o fim do mundo...

John Careless, um mártir inglês que morreu na prisão por Cristo, disse: “Tal honra os anjos não têm permissão de receber; portanto, Deus perdoe a minha falta de gratidão”.

Spurgeon disse certa feita: “Quando Deus honra uma pessoa, permitindo-lhe sofrer por Sua verdade, é um grande privilégio. Deus não costuma dotar os seus santos de dons inúteis. A fé é um grande dom; mas a perseverança, sem a qual a fé teria pouco valor, é maior. E a perseverança no sofrimento é mais honrosa que as duas primeiras”.

Foi em Esmirna onde Policarpo foi martirizado. Em uma de suas muitas acusações, dizia-se: “Esse é o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, aquele que derruba por terra os nossos deuses e que tem ensinado a muitos a não sacrificarem e nem adorarem”. Quando o Proconsul pediu que ele negasse o nome de Jesus para ser liberto, Policarpo respondeu: “Durante oitenta e seis anos eu sirvo a Cristo, e Ele nunca me traiu. Como posso blasfemar o nome do meu Rei que me salvou?” Quando, então, foi ameaçado de ser lançado no fogo, disse: “Me ameaças com o fogo que queima durante um pouco de tempo e, em seguida, se extingue; porque não conheces o fogo que espera os malvados no juízo vindouro, na condenação eterna. Que esperas? Fazes o que tens pensado fazer!”

Fiel até à morte! Este desafio não ficou restrito aos irmãos do passado; precisamos entender que também nós podemos alcançar a vitória garantida pelo sacrifício de Jesus Cristo. Não nos contentemos em agradar aos homens, nossos semelhantes, pecadores, enquanto não tivermos a certeza de que estamos agradando ao Senhor.

Há poucos dias fui procurado por um irmão, um jovem crente, o qual estava atravessando alguns problemas familiares. Quando lhe perguntei sobre a sua fidelidade para com a esposa, ele me disse com muita firmeza: “Pastor, eu sou fiel à minha esposa. Não é tanto por ela, mas pelo meu compromisso com Deus”. Fiquei emocionado com a resposta daquele jovem. Principalmente, considerando que ele era um novo convertido. Que belo exemplo para nós que já temos experimentado há mais tempo do amor e da graça do Senhor!

Vivemos dias conturbados, levando muitos ao desânimo e à infidelidade espiritual. Entretanto, a Palavra de Deus nos apresenta um permanente desafio: “Não temas as coisas que tens de sofrer... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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