sábado, 5 de fevereiro de 2011

LEVANTAI-VOS, E NÃO TEMAIS!

Certa feita uma piedosa e querida irmã passava por grande depressão, em decorrência de uma incômoda e dolorosa enfermidade. Um problema de hérnia-de-disco tirava-lhe toda a capacidade física e emocional para desenvolver suas muitas atividades. Um dia procurou-me para desabafar. Emocionada, disse-me: “Pastor, será que não estou tentando a Deus com essa incessante busca de recursos e cura? Será que não chegou a minha hora? Não seria o caso de contentar-me apenas em viver os momentos finais da minha vida, sem recorrer a mais nenhum medicamento? Será que, realmente, não chegou o momento de parar de orar nesse sentido, encerrar a carreira e guardar a fé?”

Na verdade, aquela irmã não estava simplesmente aceitando a vontade de Deus para sua vida. Havia no seu semblante e nas suas palavras muito desalento e desespero. Procurei confortá-la, lembrando-lhe da importância do ensino bíblico, mostrando-lhe que, assim como no passado, quando as nuvens amedrontaram os filhos de Deus, elas podem nos assustar também hoje. Porém, assim como Deus consolou os discípulos, quando eles se achavam sobressaltados e atemorizados, nós também podemos contar com a mesma consolação. Jesus Cristo, nosso Senhor amado, está conosco, mesmo quando as nuvens da incerteza de uma viagem, despedida, ou de uma enfermidade desalentadora, provoquem-nos angústia e medo, Ele nos assegura a consolação e o estímulo para continuarmos a caminhada: “Levantai-vos, e não temais!”

Quando as nuvens da doença, das aflições, incompreensões, perseguições, as nuvens do desemprego, da carência afetiva, as nuvens da tragédia e sombras da morte nos atingirem, tenhamos a certeza de que Deus vai falar! E mais, as nuvens também passarão, mas a Palavra de nosso Deus permanece para sempre: “seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40:7-8). Com certeza os crentes das cidades por onde passavam eram unânimes em afirmar que eles realizavam um ministério glorioso, conforme lemos: “Assim as igrejas eram confirmadas na fé, e dia a dia cresciam em número” (At 16.5).

Mas agora, ao chegarem em Filipos, a situação se invertera. A mensagem e os mensageiros não foram bem recebidos. Houve perseguição e a tão dramática prisão. Poderiam raciocinar: “Deus não aprovou a nossa mudança para este lugar, já que realizávamos um trabalho de grande repercussão. Enquanto aqui, só recebemos desaforos, incompreensões e o cárcere. Um povo cruel e ingrato não merecia a dedicação e o sacrifício de missionários...” Então, poderiam amargar uma decepção e revolta, por se julgarem em lugar errado. Entretanto, a Bíblia diz que “perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus...”

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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