quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Águas Purificadoras

Ez 47.3-12

Através do profeta Ezequiel, Deus nos fala da manifestação da glória e majestade de Sua presença entre os homens. Com o esplendor de Sua glória, algumas coisas se destacam, juntamente com algumas reações espontâneas da parte do profeta. Aqui temos um relato de preciosas e indescritíveis visões. A princípio, as visões do profeta são fantasmagóricas, como as visões que nos são dadas freqüentemente através dos sonhos.

Geralmente nossos sonhos são confusos, misturando pessoas ou situações fora do contexto cronológico, ou fora do racional. Assim, muitas vezes Deus revela coisas sobrenaturais através de imagens, visões e revelações que nos parecem confusas e controvertidas. Porém, o próprio espírito santo que nos concede as visões também nos concede a devida interpretação das mesmas. No caso do profeta Ezequiel, na seqüência das visões e revelações, Deus mesmo ia apresentando-lhe a sua interpretação. Assim também o Senhor faz conosco.

A glória do Senhor conduziu o profeta ao “átrio interior”, ao lugar santíssimo da presença de Deus. Ou seja, a glória de Deus, depois de nos fazer reconhecer nossa condição de profunda pequenez e humildade diante da majestosa presença divina, ela nos conduz à intimidade divina. O poder e a glória pertencem ao Senhor. A fonte da revelação especial para nós é divina, vem do alto, do Pai das luzes. Deus mesmo nos conduz à Sua intimidade, através da oração, como nos diz a Palavra de Deus (Rm 8.26-27).

O crente que se deixa conduzir pelo Espírito, à medida que o tempo passa vai desenvolvendo o prazer de estar a sós com Deus em oração ou meditação. Quanto mais nos aproximamos à sala do trono mais prazer vamos adquirindo na contemplação da glória de Deus. Porém, não conseguimos obter intimidade com Deus se mantivermos intimidade com o pecado. Depois o texto diz: “Ele me levou” (v.2) – demonstrando que tudo o que nos acontece, de bom ou ruim, está sob o controle em direção do Senhor. Ele tem o controle absoluto de nossas vidas, ainda quando temos a sensação de que estamos à deriva, sem rumo e sem direção, ou indo de mal a pior, a pique...

Em seguida o texto nos diz como Deus tem paciência em trabalhar conosco. Ele vai nos conduzindo por etapas, num crescendo de maturidade e revelação. Não estamos preparados suficientemente para entender algumas coisas que nos acontecem, então Ele nos dá uma revelação progressiva à medida que vamos nos aprofundando e buscando mais e mais conhecê-Lo (v.s 3-5).

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