sábado, 18 de outubro de 2008

Quando Estamos Enfermos

Tg 5.14-15

Cresci na certeza de que Deus ouve e responde as orações de Seu povo, curando as suas enfermidades, segundo a Sua boa e perfeita vontade. Iniciei meu ministério com a convicção e expectativa de que Deus haveria de manifestar a Sua glória, curando muitos enfermos em nossa comunidade, atendendo graciosamente às nossas orações. Porém, a facilidade para obtermos ajuda e tratamento profissional da medicina, e os recursos humanos disponíveis, com o tempo tornaram-me bem menos dependente do Senhor em momentos de aflição. E até mesmo descrendo da possibilidade de Deus atuar de modo especial e sobrenatural na cura das enfermidades, tendo delegado essa responsabilidade aos médicos e demais profissionais da área... Então, minha oração se restringia apenas em pedir a Deus que agisse através dessas pessoas. A pedir a Deus que nos conduzisse ao tratamento adequado, ou ao profissional mais competente possível, a fim de sermos socorridos convenientemente em momentos de necessidades. Apesar disso, Deus, em Sua infinita graça e misericórdia, nos surpreendia com o Seu poder e graça curando diversas pessoas.

Mas, por que estes fatos são tão raros em nossos dias? Por que estórias como essas parecem tão extraordinárias entre nós? Será que o nosso Deus mudou? Será que Ele delegou aos profissionais da medicina toda a responsabilidade de cuidar dos enfermos? Ou seria a nossa incredulidade e falta de oração a causa dessa ausência de curas e milagres entre o povo de Deus? Gostamos de cantar: “O nosso Deus não muda”. E é verdade! Porém, nós mudamos, nos embrutecemos, nos acomodamos com um tipo de cristianismo formal, sacramental ou teórico. Confiamos mais em nossa denominação (ou dominação) do que na Palavra de Deus. Tornamo-nos “religiosos” em excesso no zelo doutrinário, sem, contudo, vivenciar a fé em sua plenitude. Com medo de cairmos no ridículo e exageros dos extremistas, acabamos não buscando a Deus em oração para sermos abençoados e para abençoar os outros.

O fato de Tiago recomendar a oração em caso de enfermidade não quer dizer que sempre seremos atendidos em nossa súplica no sentido de sermos curados. Pode ser que não sejamos curados, como tantos que já partiram para a eternidade por motivo de enfermidades. Tiago nos estimula a orar, pedir a cura, mas não nos ensina a repreender a enfermidade como se fora um espírito demoníaco. Nem tão pouco diz que merecemos a cura física pelo fato de sermos servos de Cristo.

Nenhum comentário: