quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Precisamos orar, mesmo quando Sofremos

_ “Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração” (Tg 5.13 a).

Alguém sofrendo, aflito – kakopatheia – A mesma palavra usada no V. 10, referindo-se aos profetas. Termo que define todo tipo de aflição ou provação. Jó, que a princípio imaginamos que seus sofrimentos foram desnecessários e não merecidos, no final de seu livro declara haver alcançado um compreensão maior da atuação divina em sua vida (Jó 42:1-6).
Assim, pois, o sofrimento proporcionou-lhe uma nova dimensão espiritual, uma abertura de sua visão a respeito de como Deus age conosco.

Nossa confiança, certeza e comunhão com Deus, não pode se basear nas circunstâncias, em sinais humanos materiais. Hoje em dia há uma verdadeira exploração da fé nesse sentido. Promete-se bênçãos aos incautos mediante ofertas às igrejas, como se Deus estivesse comprometido com obreiros “espertalhões” para ajudar e abençoar aqueles que se achegam a eles. A Bíblia, porém, nos ensina que, assim como o ouro é provado no fogo, somos confrontados com os sofrimentos, não para sermos ou sabermos que somos salvos; mas para que a nossa fé se evidencie. Então se verificará a separação entre a impureza e a santidade, entre o justo e perverso: “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml 3.18).

Este é caminho do Senhor, ou, o jeito de Deus trabalhar, agir, a maneira como Deus revela Seu amor para conosco. Essa é a maneira mais comum de Deus chamar a atenção de Seus escolhidos, levando-os a sentirem-se angustiados, deprimidos, sem alternativas. Algo semelhante ao que sentia Moisés e todo o povo de Israel, diante do mar Vermelho. Quando Deus mesmo os desafiou a prosseguir: “Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15). Não há o que fazer, nem a quem recorrer senão para o Senhor, pra cima. Portanto, quando nos sentirmos desnorteados, perplexos, confusos e angustiados, lembremo-nos de que esse é o meio pelo qual o Senhor quer nos conduzir ao Seu trono de glória, através da oração. Veja como reagiu o salmista: Sl 18. 4-6, 18, 19, 28.

Hoje, quando penso na atuação de homens como Abraão, Moisés, Elias, Jeremias, João Batista, Paulo, e, principalmente, o Senhor Jesus Cristo, diante das aflições temporais, sinto-me encorajado e fortalecido, na certeza de que o Deus da Bíblia continua soberano e fiel para sempre, no tempo e na eternidade.

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