sábado, 30 de agosto de 2008

Enquanto Orava

_ “E aconteceu que, enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura” (Lc 9.29).

Moisés havia passado quarenta anos na casa de Faraó. E Deus o preparou, através da oração e da comunhão com Ele: Êx 2:1-15. Mais à frente a Bíblia nos conta como era a intimidade de Moisés com Deus: Êx 32.11-13, 30-35; 33:11-23. Moisés sabia que não podia viver sem a companhia do Senhor. Agora o Senhor permite que os Seus discípulos vejam Moisés na glória de Deus, no céu. E você, amado leitor, como tem sido os seus passos? Com Deus, ou solitário pelo mundo?

Elias, também, havia experimentado uma profunda comunhão com Deus através da oração, antes de empreender as suas conquistas espirituais: 1 Rs 19:1-13. Tanto Moisés quanto Elias, viram a glória de Deus em seus dias. Jesus, o Rei da glória, conduziu Seus discípulos àquele retiro de oração para honrá-los com a contemplação da glória de Deus. Isto nos lembra o que a Bíblia diz sobre a oração, tendo Elias como referencial: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e orou com fervor para que não chovesse, e por três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tg 5.17-18). Elias, um homem de fé que não se contentava em apenas esperar; mas, também, buscava o Senhor com intensidade, através da oração. Elias nos estimula a vivermos “perante a face do Senhor”... Isto significa desenvolver o hábito de orar prazerosamente. Não apenas orar para resolver problemas, buscar soluções emergenciais, espetaculares. Mas, sentir-se familiarizado, em plena harmonia com o Pai. Isto é vida de oração.

Enquanto Jesus orava, os discípulos viram a glória de Deus. Jesus havia se recolhido com os três mais achegados de Seus discípulos para que eles tivessem uma experiência especial, espetacular. E, diz o texto que, enquanto Ele (o Senhor) orava, o céu se descortinou para que os apóstolos pudessem ter uma percepção melhor da majestade celestial. Quando oramos, ainda que as circunstâncias não mudem, ainda que os problemas continuem, ainda que a dor e as lágrimas persistam...

Ainda que não mude nada ao nosso redor, nós mudamos. Por isso precisamos nos desenvolver, cada vez mais, na prática da oração: "Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno" (Hb 4.16). Precisamos, não apenas falar com Deus através da oração, como, também, sentir e perceber o que Ele deseja nos falar quando oramos.

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