sábado, 16 de agosto de 2008

Luzeiros do Mundo

Jesus nos diz assim: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14). Que tremenda responsabilidade, considerando-se que estas palavras refletem outra afirmativa de Jesus: “Eu sou a luz do mundo; quem, me segue, de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).
Quando Jesus diz que somos a luz do mundo, compara-nos a verdadeiros espelhos luminosos, refletindo a Sua própria imagem. E a transparência deve ser tão perfeita que os mensageiros sejam identificados perfeitamente com a Fonte da verdadeira Luz, o Senhor Jesus Cristo. Somos, assim, luz que resplandece a Luz (Fl 2.13-16).

Tanto Jesus como Paulo, deixam claro que, se não houver a manifestação da luz através de nós, os luzeiros, o mundo torna-se tenebroso. Podemos imaginar o que seria deste mundo sem a presença e atuação do evangelho de Cristo: o caos, um verdadeiro inferno na terra (Lc 11.34-36).
Em Mt 5.13-16, Jesus se referiu à possibilidade de um viver aparente, fora do propósito para o qual fomos chamados. Assim como o sal que perdeu sua utilidade em salgar, dar sabor, influenciar. Ou como a luz que foi escondida de maneira a não clarear o caminho, brilhar; assim os crentes nominais. Ainda que conceituados, são vidas inúteis, desprovidas de sentido, sem atingir o propósito de Deus em Cristo Jesus: viver para Ele, por Ele e nEle (Rm 11.36).

Em Mt 6.22-23, Jesus faz esta exortação: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!” Agostinho acrescenta: “Quão grande é a cegueira dos homens que até da cegueira se gloriam!” (Agostinho, Santo – CONFISSÕES – Livraria Apostolado da Imprensa, p.73). Ou seja, nossas vidas precisam refletir a Verdadeira Luz, que é o Senhor Jesus. Caso contrário, além de não cumprir o propósito para o qual vivemos, ainda propagamos, com mais intensidade, as densas e tenebrosas trevas: “Se portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!”
Ao deixarmos de transmitir a luz do evangelho, não ficamos simplesmente apagados. Mas o desânimo, a frieza espiritual e a falta de obediência à Palavra, têm efeito contagiante e desabonador. Leva-nos a viver como se estivéssemos pregando um outro evangelho: o evangelho do fracasso, da discórdia, da infidelidade, da insegurança e da incredulidade.

Lucas procura destacar ainda esta exortação do Senhor: “Ninguém, depois de acender uma candeia, a põe em lugar escondido, nem debaixo do alqueire, mas no velador, a fim de que os que entram vejam a luz. São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas. Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz” (Lc 11:33-36).

Não espere que chegue o caos total em sua vida, em sua família, em sua cidade ou sociedade, para agir, reagir e apresentar sua parcela de contribuição.
Antes que seja tarde demais para reações positivas; antes que venha um apagão em sua vida, quando a morte selar definitivamente sua sorte, glorifique ao Senhor! _ “Dai glória ao SENHOR, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão” (Jr 13.16). Amém.

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